É sério: em nota, PSTU critica Homem de Ferro e Capitão América

“Nem Capitão, nem Homem de Ferro representam uma alternativa para os trabalhadores do Universo Marvel”

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“Nem Capitão, nem Homem de Ferro representam uma alternativa para os trabalhadores do Universo Marvel”

No dia 22 de março, o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) lançou uma nota de repúdio a dois personagens com posições políticas diferentes: Homem de Ferro e Capitão América. Os dois protagonistas do novo filme ‘Capitão América: Guerra Civil’, divergem opiniões sobre uma proposta do governo americano de registrar super-heróis para supervisionar suas ações. Na internet, já foram lançadas pelos fãs as campanhas do #TeamIron e do #TeamCap, os times de cada lado dos super-heróis. Mas o PSTU questiona: “qual o lado da classe trabalhadora?”.

Na trama do novo filme, Tony Stark, o Homem de Ferro, acredita que a supervisão do Estado seria benéfica à democracia, enquanto o Capitão América se opõe ao registro, pois crê que o governo deveria respeitar as liberdades individuais dos cidadãos e dos super-heróis.

O PSTU, entrando na fantasia, não aceita as posições dos personagens do Universo Marvel, e questiona os conceitos de crime e justiça pregados no filme, não tão fiéis à vida real. Militantes de movimentos sociais opostos ao governo podem ser considerados criminosos, mas seria justo se as ideias de Tony Stark fossem aceitas e houvesse um “exército de homens de ferro para impedir um possível ataque aos EUA”?

Entretanto, os socialistas acreditam que discordar do Homem de Ferro não quer dizer aceitar a posição do Capitão América, pois o super soldado americano defende uma intervenção mínima estatal “que faz com que hoje 50 milhões de americanos não tenham acesso a nenhuma forma de serviço de saúde”.

A nota do PSTU conclui que “nem Capitão, nem Homem de Ferro representam uma alternativa para os trabalhadores do Universo Marvel”. No texto, o partido ainda sugere que a segurança pública, no universo da fantasia e na vida real, deveria ser coordenada por conselhos formados pela população civil e trabalhadora, sem repressão e controle do governo. E ainda acrescenta: “contra a força dos trabalhadores em luta, não existe superpoder capaz de deter.”

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