A situação dos pecuaristas que agora estão sem o mercado norte-americano para vender deve ficar ainda mais agravada com o período de estiagem. Segundo o deputado estadual Júnior Mochi (MDB), o cenário “é muito complicado”, e o efeito das taxações de Donald Trump ao Brasil, que provocaram a decisão de fechamento do comércio de carne aos Estados Unidos, deve refletir diretamente no preço pago ao produtor.
“Isso é ruim, principalmente se considerarmos que estamos em período de seca. O pecuarista de engorda tem que vender o seu produto e fazer a reposição”, disse Mochi ao Midiamax, após decisão do mercado norte-americano em suspender a entrada da carne sul-mato-grossense no país comandado por Donald Trump.
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Há uma semana, o presidente determinou taxas de 50% aos produtos brasileiros que entram no país norte-americano. Isso provocou a insegurança dos compradores de carne, que estabeleceram ‘muros’ na relação comercial até que a situação se restabeleça.
“A queda no preço da arroba é consequência imediata da suspensão, afetando toda a cadeia produtiva”, ponderou o parlamentar.
Dados históricos
Conforme o Monitor da Seca do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, os índices de escassez no último quadrimestre do ano no Estado costumam atingir registros alarmantes. Em 2024, os gráficos levaram o mapa a um quadro de ‘seca grave’, que afeta diretamente a qualidade da pastagem, demorando a engorda dos animais e encarecendo a produção da carne bovina, o que leva à subida do preço no açougue.
Dados da Famasul mostram que foram abatidos, em Mato Grosso do Sul, cerca de 2.116.338 animais nos primeiros seis meses de 2025. Esse valor é 15% maior do que a média de animais abatidos nos últimos cinco anos e 3% superior ao mesmo período de 2024. Desses dados, 51% dos animais abatidos no primeiro semestre de 2025 são fêmeas e 49% machos.
Os municípios que mais enviaram animais para abate nesse período foram Ribas do Rio Pardo — 19.438; Rio Verde de Mato Grosso — 12.915; e Paranaíba — 12.645.
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Valor da arroba
O valor médio pago pela arroba do boi, da novilha e da vaca subiu 2%, entre maio de
2025 e junho de 2025. No caso do boi castrado, o salto foi de R$ 301,6 para R$ 307,21 de um mês para o outro.
Analisando a evolução dos preços a partir de junho de 2024, a arroba do boi, da novilha e da vaca registraram valorização de 47%, 51% e 49%, respectivamente.
Junho foi o mês de menor valor da arroba em 2024, seguido de forte alta nos meses seguintes.
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