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Cotidiano

Ciclo da água: estiagem em MS começa a reduzir níveis de rios na Bacia do Paraguai

Chuvas acima da média entre outubro de 2024 e abril de 2025 favoreceram a recuperação dos níveis nas regiões sul-mato-grossenses
Karina Campos -
estação bacia do paraguai
Estação de Monitoramento na Bacia do Rio Paraguai (Divulgação, Imasul)

A estiagem registrada em julho já começa a reduzir os níveis dos rios da Bacia do , previsto no ciclo das águas. Segundo a divulgação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de ), nesta quinta-feira (17), a equipe identificou nesta semana a queda nas áreas monitoradas.

O instituto explica que o regime climático do Estado é marcado pelo período chuvoso, entre outubro a abril, e o seco, de maio a setembro. Logo, a alternância influencia diretamente o comportamento dos rios, especialmente na Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai, que é uma das mais relevantes do ponto de vista ambiental e econômico regional.

Os dados de 2024 e 2025 da Sala de Situação do Imasul, em oito de 11 pontos monitorados, indicam que os volumes acumulados de precipitação superaram a média histórica, sendo:

  • Ladário com 1.082,8 mm de chuva – 412,2 mm acima da média do período;
  • Miranda, com um acumulado de 1.034,2 mm, superando em 236,2 mm a média histórica;
    , na região do rio /Miranda, com 1.091,8 mm – um excedente de 139,1 mm.

Os números apresentados ao longo do relatório se referem à soma das chuvas registradas em todas as estações de monitoramento da bacia, e não ao volume acumulado em apenas um ponto específico.

Déficit na cota

Por outro lado, a estação de Porto Esperança, em , registrou o maior déficit do período: 468,4 mm de chuva, o que representa 257,9 mm a menos que a média histórica, ou 35,5% abaixo do esperado.

As estações de Porto Murtinho e da Pousada Taiamã também apresentaram acumulados inferiores à média, embora com desvios menos acentuados.

Contudo, os meses de outubro, dezembro, março e abril registraram volumes superiores à média histórica, enquanto novembro, janeiro e fevereiro apresentaram déficit pluviométrico. Isso indica forte irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do ciclo chuvoso.

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Já em abril deste ano, foi registrado um volume total de 1.609,8 mm, 685,9 mm acima da média para o mês (923,9 mm). Esse pico foi observado principalmente na segunda quinzena.

O instituto ressalta que o balanço mensal das chuvas durante o período chuvoso 2024/2025 revela oscilações expressivas em relação à média histórica. Em outubro de 2024, foram registrados 1.101,6 mm de precipitação, 193,6 mm acima da média do mês.

Recuperação dos rios

Após a histórica seca de 2024, bom desempenho das chuvas entre outubro e abril resultou na recuperação dos níveis dos rios na Bacia do Paraguai.

Nos meses de abril, maio e junho de 2025, nenhuma das estações monitoradas apresentou cota de estiagem — uma situação muito diferente da verificada em 2024, quando vários trechos permaneceram com cotas críticas mesmo durante o período chuvoso.

Esse cenário favorável contribuiu para que a bacia fosse classificada como área sem seca ou com seca fraca no Monitor de Secas da ANA (Agência Nacional de Águas), referente ao mês de junho.

Seca de julho

Como previsto, diante da falta de chuvas em julho e o fim do ciclo de chuvas significativas, os rios afluentes do Paraguai já começaram a apresentar queda no volume d’água em julho. A estação do rio Aquidauana, por exemplo, entrou em cota de estiagem nesta semana.

A previsão até setembro é de manutenção da baixa pluviosidade, com possibilidade de novos registros de estiagem em outros pontos da bacia. Logo, há expectativa que o ciclo das águas continue em outubro. Segundo Leandro Neri Bortoluzzi, técnico do Imasul, esse comportamento reflete diretamente o volume de chuvas acumulado e sua distribuição ao longo do ciclo.

“O aumento do volume pluviométrico entre março e abril foi determinante para que, pela primeira vez desde 2023, todos os pontos monitorados na bacia do rio Paraguai tenham se mantido fora da condição de estiagem durante o trimestre pós-chuva”, destaca. Ele ressalta ainda que a recuperação foi perceptível até mesmo em trechos historicamente mais sensíveis.

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