O produtor rural, de 65 anos, acusado de matar Kommers Beutinger foi transferido nesta quinta-feira (17) para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A decisão foi tomada pelo juiz Ricardo da Mata Reis, que manteve a prisão preventiva do acusado e autorizou a remoção para a unidade prisional.
O fazendeiro é apontado como o responsável pela morte de Volnei, também pecuarista, em uma fazenda no distrito de Itahum. O crime aconteceu na quinta-feira da semana passada (10) e teria sido motivado por uma disputa entre vizinhos.
A situação se agravou quando o gado de Volnei invadiu a propriedade de Paulo, levando a uma briga que envolveu o filho do suspeito e a vítima. Paulo teria então atirado contra Volnei, que faleceu no local.
A prisão preventiva foi decretada devido a inconsistências nos depoimentos de Paulo, além das evidências encontradas na cena do crime e suas ações após o ocorrido. Ele transportou o corpo para uma propriedade vizinha, alegando falta de sinal de telefone para pedir ajuda. Paulo permanece sob custódia, aguardando a transferência para a PED.
Diante das contradições, o delegado Lucas Veppo representou pela prisão preventiva do investigado, que foi cumprida no final da manhã desta segunda-feira (14), em sua própria fazenda, onde ocorreu o homicídio.
“[Havia] algumas contradições dos depoimentos colhidos com o que visualizamos na cena do crime, com a dinâmica apresentada. Havia muitas contradições, depoimentos que contrariavam o que observamos lá. Fizemos crer que a situação não havia sido de legítima defesa, como ele alegava no primeiro momento”, disse o delegado.
Na data dos fatos, gado de Volnei teria escapado e invadido a propriedade do fazendeiro. Com isso, houve uma discussão entre a vítima e o filho do investigado. Diante da situação, ele teria se envolvido na briga e, com um revólver, efetuado um disparo no peito da vítima.
Para a polícia, o fazendeiro afirmou inicialmente que Volnei estava armado com uma faca e, por isso, teria reagido em legítima defesa. Mas, com base nas provas colhidas no local, a vítima não estava armada.
“Junto ao corpo da vítima, não havia faca, nem qualquer indício de que ele estivesse armado. A vítima não portava bainha ou qualquer objeto que indicasse estar com uma faca, ou qualquer coisa que pudesse usar para atacar o filho do investigado”, explicou Veppo.
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