Incontinência Urinária na Mulher: É Sinal de Menopausa?

A menopausa é uma fase natural da vida de todas as mulheres que marca o encerramento do ciclo reprodutivo e fim da menstruação. Geralmente, ocorre entre os 45 e 55 anos de idade e o surgimento dos primeiros sinais nunca antes sentidos, podem cercar a mulher de dúvidas e a levar a tratamentos médicos, ignorando […]

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A menopausa é uma fase natural da vida de todas as mulheres que marca o encerramento do ciclo reprodutivo e fim da menstruação. Geralmente, ocorre entre os 45 e 55 anos de idade e o surgimento dos primeiros sinais nunca antes sentidos, podem cercar a mulher de dúvidas e a levar a tratamentos médicos, ignorando que há alternativas para lidar com alguns sintomas.

A incontinência urinária, também conhecida como escape urinário, é a perda involuntária de urina. A condição afeta homens e mulheres, mas é mais comum entre as mulheres devido às diferenças anatômicas e fisiológicas. 

Existem várias causas para o escape urinário na mulher:

1. Fraqueza dos músculos do assoalho pélvico

A fraqueza dos músculos que sustentam a bexiga e o trato urinário pode levar à incontinência urinária. Gravidez, parto, idade avançada, cirurgias pélvicas e obesidade são fatores que podem enfraquecer esses músculos.

2. Hiperatividade do detrusor

O músculo detrusor é responsável pelo esvaziamento da bexiga. Quando este músculo se contrai involuntariamente durante o enchimento da bexiga, pode ocorrer a incontinência urinária, conhecida como incontinência de urgência.

3. Estresse físico

A incontinência de esforço ocorre quando a pressão no abdômen aumenta devido a atividades como tossir, espirrar, rir, levantar peso ou fazer exercícios, fazendo com que a urina vaze involuntariamente.

4. Menopausa

A diminuição dos níveis de estrogênio durante a menopausa pode levar à atrofia dos tecidos que suportam a bexiga e a uretra, aumentando o risco de incotinência.

5. Infecções do trato urinário

Infecções na bexiga ou na uretra podem causar irritação e inflamação, levando à incontinência temporária. O tratamento da infecção geralmente resolve o problema.

6. Problemas neurológicos

Algumas condições neurológicas, como a esclerose múltipla, a doença de Parkinson e os acidentes vasculares cerebrais, podem afetar o controle da bexiga.

7. Obstrução do fluxo urinário

A obstrução do fluxo urinário, como um cistocele (queda da bexiga), pode levar à retenção de urina e, eventualmente, ao escape urinário.

8. Medicamentos

Alguns medicamentos, como antidepressivos, relaxantes musculares e sedativos, podem ter efeitos diuréticos e predispor o desconforto.

Como tratar?

É importante consultar um profissional da saúde para que a origem do problema possa ser identificado e tratado adequadamente, Como visto, há diversos fatores que influenciam para que o escape ocorra.

Como uma das principais causas é a fraqueza muscular da região pélvica, na qual coincide com a idade que a menopausa apresenta os primeiros sinais, é natural que a mulher atribua a ela o sintoma de incontinência urinária. 

Em geral, mesmo que haja o tratamento clínico com o médico, é necessário fortalecer os músculos do assoalho pélvico para a melhora do desconforto.

Mesmo o tratamento com o laser íntimo, que vem se popularizando cada vez mais, a abordagem  com a fisioterapia pélvica é necessária para evitar a recorrência de novas sessões.

Sem excluir outros métodos de tratamento que o médico pode prescrever, as principais formas de lidar com a incontinência urinária relacionada à menopausa são:

1. Fisioterapia Pélvica

A fisioterapia pélvica é uma especialidade da fisioterapia que se concentra nos problemas que afetam a musculatura do assoalho pélvico. É utilizada para tratar uma variedade de condições, como incontinência urinária, incontinência fecal, disfunção sexual, dor pélvica crônica, prolapso de órgãos pélvicos, vaginismo e dor durante a relação sexual, entre outros. 

O tratamento é personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente e pode incluir uma combinação de exercícios terapêuticos e a utilização de produtos variados como dilatadores e cones vaginais próprios para este tipo de tratamento.

A fisioterapeuta pélvica vai avaliar a força e a função dos músculos do assoalho pélvico, bem como quaisquer sintomas que a paciente possa estar enfrentando. Com base nessa avaliação, ela desenvolve um plano de tratamento personalizado para atender às necessidades da paciente e acompanhar a evolução.

2. Laser íntimo

O laser íntimo é um procedimento não invasivo que utiliza o laser para tratar uma variedade de condições que afetam a saúde e o bem-estar da região genital feminina. Tem se mostrado uma alternativa segura para aquelas que desejam melhorar a qualidade de vida e reduzir os sintomas desconfortáveis.

É uma opção de tratamento que os médicos podem conciliar com a fisioterapia pélvica para melhorar a qualidade de vida da mulher. 

O laser íntimo funciona por meio de um equipamento que emite o laser de forma controlada e segura para a região genital, aquecendo as camadas superficiais da pele e estimulando a produção de colágeno e elastina. O resultado é uma melhora na hidratação, elasticidade e firmeza da pele, além de um aumento no fluxo sanguíneo para a área.

Um dos benefícios do laser íntimo é a sua capacidade de estimular a produção de colágeno e elastina, que são substâncias importantes para a saúde e a aparência da pele. Com o envelhecimento, a produção dessas substâncias diminui, o que pode levar a uma pele mais flácida e com rugas. O laser íntimo ajuda a reverter esses efeitos. 

Realizado em sessões curtas, que duram cerca de 15 a 30 minutos cada. O número de sessões necessárias pode variar de acordo com a condição a ser tratada e a resposta individual de cada paciente. 

Alguns pacientes podem experimentar resultados imediatos, enquanto outros podem precisar de mais sessões para alcançar os resultados desejados. Contudo, se não houver um trabalho de fortalecimento da musculatura com a fisioterapia pélvica, certamente novas sessões serão necessárias após passar o efeito, em geral, um ano.

A menopausa pode ser uma fase desafiadora em termos de saúde e bem-estar. Mas é uma parte natural do envelhecimento e não deve ser vista como algo a ser temido ou evitado. 

As mulheres podem buscar o apoio de seus amigos, familiares e profissionais de saúde para ajudá-las a lidar com as mudanças físicas e emocionais que ocorrem durante este período e aceitem as mudanças que ocorrem em seus corpos. 

É um momento de transição que pode ser enfrentado com compaixão e cuidado consigo mesma. Ao buscar ajuda e adotar hábitos saudáveis, as mulheres podem enfrentar a menopausa de forma mais positiva e aprender a apreciar esta fase da vida com serenidade e equilíbrio.

Esta publicação tem assinatura de CRISTIANE PAK e não faz parte do conteúdo do Jornal Midiamax

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