Confira as tendências dos e-sports no Brasil

Já não é de hoje que o Brasil vem se consolidando como um mercado promissor para os chamados esportes eletrônicos, os e-sports. Este estilo tem ganhado cada vez mais popularidade em todo o mundo nos últimos anos e o Brasil é um dos países que mais apresentam desenvolvimento e destaque na área. Principalmente devido à […]

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Já não é de hoje que o Brasil vem se consolidando como um mercado promissor para os chamados esportes eletrônicos, os e-sports. Este estilo tem ganhado cada vez mais popularidade em todo o mundo nos últimos anos e o Brasil é um dos países que mais apresentam desenvolvimento e destaque na área.

Principalmente devido à comunidade de jogadores crescente e ao mercado de jogos eletrônicos como um todo em plena expansão.

Com base nessa expansão, as empresas de jogos eletrônicos têm investido cada vez mais no país, fazendo lançamentos de jogos em português e promovendo eventos com cada vez mais sucesso entre os gamers e aficionados.

Isso tem contribuído para o aumento do interesse da população pelos e-sports e para o desenvolvimento da indústria de jogos eletrônicos no país.

O Brasil tem sediado diversos eventos importantes no mercado. São vários os exemplos: o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), que é realizado pela Riot Games e se transformou em uma das principais competições de jogos eletrônicos do país.

O Brasil Game Show, que é considerada a maior feira de games da América Latina.

O Circuito Brasileiro de Rainbow Six Siege reúne jogadores do game de mesmo nome e é organizado pela Ubisoft, uma das maiores companhias de jogos do mundo. 

E a Free Fire Pro League, que é uma competição de um dos jogos mobile mais populares do mundo.

Isso faz com que jogadores brasileiros tenham se destacado em competições internacionais. Gabriel “FalleN” Toledo, um dos melhores jogadores de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) do mundo, com títulos como a ESL One Cologne, IEM Katowice e a MLG Columbus. 

Epitácio “Taco” de Melo, outro player de CS:GO e um dos mais famosos do mundo e Marcelo “Coldzera” David, outro jogador de CS:GO que já foi eleito o melhor jogador do mundo pela HLTV.org por duas vezes. 

Mas, como todo setor, existem diversos pontos a serem estudados e mudados para que o Brasil se torne um grande celeiro de bons jogadores e que o investimento venha não só em material humano como se tornar um polo mundial para o estilo. Ainda há uma falta de infraestrutura adequada para os jogadores e a falta de reconhecimento oficial dos e-sports como uma atividade esportiva.
Levando isso em conta, preparamos algumas tendências que podem ser cruciais para que o país tenha ainda mais reconhecimento na área nos anos vindouros. Vamos analisar logo abaixo quais são.

Maior investimento 

Existe uma estimativa de que o Mercado de e-sports irá movimentar mais de US$ 200 bilhões em 2023. Seguido pelos anos de pandemia, o mercado de e-sports cresceu consideravelmente, já que muitas pessoas passaram mais tempo em casa e acabaram desenvolvendo um hobby que não era aprofundado antes.

Vendo essa oportunidade, as empresas brasileiras vêm investindo cada vez mais no segmento.  Seja em infraestrutura para eventos, criação de equipes, patrocínios e até desenvolvendo softwares e jogos.

Um dos exemplos é o grande aumento do setor nas casas de apostas esportivas, gerando um engajamento maior por este público das apostas e tornando-os fãs do estilo. Plataformas como a Parimatch esports vem crescendo muito com uma diversidade muito grande de jogos e mercados.

Streamings e o crescimento de audiência

Uma tendência que gera muita expectativa para 2023 e os próximos anos tem a ver com o grande crescimento do consumo de conteúdo gerado por streamers em plataformas como a Twitch e Youtube. Assim são geradas mais transmissões e é atingindo um público que antes não se ligava neste conteúdo.

Canais com transmissão ao vivo vêm fazendo um trabalho fundamental para gerar um engajamento que traga ainda mais torneios no país. Como foi o caso do Campeonato Brasileiro de League of Legends que foi realizado em janeiro de 2023 e que teve grande audiência por parte destas plataformas especializadas.

Maior audiência significa maior visibilidade e receita, por isso empresas como o Mercado de Bitcoin, gigante no setor de criptomoedas da América Latina, anunciou o patrocínio para a equipe INTZ, uma das maiores da América do Sul, que possuem mais de 50 atletas divididos em equipes de:

  • League of Legends
  • CS: GO
  • Rainbow Six Siege
  • Clash of Clans
  • Clash Royale
  • Free Fire
  • PUBG Mobile
  • Fortnite
  • Brawl Stars
  • FIFA
  • Call of Duty: Mobile
  • League of Legends: Wild Rift

Jogadores brasileiros entre os melhores do mundo

Como falamos acima, o Brasil vem sendo um grande celeiro de jogadores e talentos no segmento, principalmente em plataformas como League of Legends, CS:GO e Valorant. Eles estão conquistando prestígio e destaque internacional e inclusive sendo contratados por grandes equipes estrangeiras. 

Além dos mencionados anteriormente, jogadores como Arthur “Artzin” e João “Brinks” Victor vem recebendo citações como grande destaque para campeonatos como o VALORANT Challengers 2023, que tem sua segunda etapa em andamento em Abril de 2023.

Outros nomes importantes como Pedro “Matsukaze” e Luan “Jockster” também estão se tornando referência no segmento.

Reconhecimento dos e-sports como modalidade esportiva

Este é um tema polêmico e que gera muita discussão em diversos países. Mesmo com a notória popularidade da modalidade, ainda existe preconceito e desafios a serem superados para que sejam oficialmente reconhecidos como esporte, algo que definitivamente deve mudar em breve.

O Brasil é um dos pioneiros a levar este assunto com mais afinco, já que existem em trâmite alguns projetos de lei que buscam reconhecer os e-sports como esporte eletrônico e incluí-los na Lei Pelé, que regula as atividades esportivas no país.

Em 2019, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou que iria reconhecer os e-sports como uma modalidade esportiva, mas não ficou claro como seria a inclusão dos jogos eletrônicos no universo olímpico.

Esta falta de reconhecimento oficial acaba dificultando a obtenção de patrocínios e apoio governamental para as equipes e jogadores, gerando confusão para a organização de eventos e competições.

Os últimos capítulos desta novela podem ser resolvidos com as novas leis que regulam as casas de apostas no Brasil, um fato que pode ajudar a modalidade que é um dos destaques em plataformas do tipo.

Conclusão

Não há como negar que o crescimento dos e-sports no Brasil está longe de acabar. Mas com um empurrãozinho a mais é possível que o país se torne uma potência mundial nas próximas décadas.

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