Guilherme Azevedo dos Santos era conhecido como ‘Gibi' ou ‘Execução', mas você sabe quem é? Ele é conhecido por ser liderança da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), preso na penitenciária de segurança máxima da , em Campo Grande, e que mesmo encarcerado mantinha o controle da execução de planos da facção.

‘Gibi' é o responsável por uma das ramificações do PCC (Primeiro Comando da Capital), em Mato Grosso do Sul, conhecida como a regional ‘Serra de Maracaju'. Guilherme atuava na função administrativa mediando conflitos entre os irmãos faccionados. 

Conversas interceptadas entre ele e a esposa expôs menção a outros membros da facção. Mas, nem só de mediar conflitos vivia ‘Gibi', ele também é apontado como coordenador de ações de tráfico de drogas, venda dos entorpecentes, logística da distribuição, além de contabilidade do que era comercializado. 

‘Gibi' está entre os membros influentes dentro da facção. Eles davam a última palavra em relação a discussões entre irmãos, traições, sobre as mulheres. Nenhum tipo de morte era autorizada sem passar por eles. Interceptações telefônicas identificaram crimes ligados ao grupo entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020, em Rio Brilhante.

Em 2019, ‘Gibi' fugiu do semiaberto de Amambai, mas acabou preso em julho de 2021 por força de decisão judicial após denúncia do de plano de assassinar uma pessoa em

Carta com tom terrorista

Logo após o pedido de transferência de Guilherme Azevedo dos Santos, para o Presídio Federal, uma carta foi interceptada pela direção do Presídio Gameleira de segurança máxima de Campo Grande. O membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) enviou a carta para a namorada.

O documento de quatro páginas descreve a preocupação de Guilherme em ser transferido para outro presídio fora do Estado. Em um dos trechos, ele relata ser o líder da facção e esse seria o trabalho dele. Guilherme fala que está isolado em uma cela. Ele também fala para a namorada sobre determinação judicial que iria definir sua transferência para Mossoró, Catanduvas, Porto Velho ou ainda Brasília. 

Em um trecho da carta, o integrante do PCC diz: “Falam umas ideia na rua.. estão represária no sentido do secretário de segurança do estado [sic] […] raiva de promotor de justiça, raiva de justiça e da polícia. Se puder, vou ceifar todos como fiz com o Junior”.

O presidiário também confessou, no texto da carta, um homicídio cometido há 7 anos. Ele cita apenas o nome da vítima, que seria Junior. Em outro trecho da carta, Guilherme relata que o pedido de transferência feito pelo Dracco (Departamento de Repressão à e ao Crime Organizado) foi aceito pelo Ministério Público.

Relatório da Polícia Civil classifica que o manuscrito possui trechos terroristas, atentatórios à estabilidade das instituições constituídas, fazendo referência hostil ao Dracco, Sejusp, Ministério Público, Poder Judiciário e polícias em geral, motivados pelo inconformismo com a notícia do requerimento de sua remoção para presídio federal.

O documento será encaminhado à perícia da Polícia Civil para providências, diante de ameaças a delegacias do Estado.

Denúncia do MPMS

No dia 20 de junho, Guilherme foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público Estadual) por integrar a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele foi flagrado com um bilhete no dia 31 de maio, no Presídio de Regime Fechado da Gameleira I — de segurança máxima — com instruções para criar explosivos e informações de atentados contra forças policiais.

O relatório do inquérito policial, do Dracco é finalizado com pedido de inclusão do acusado no Sistema Penitenciário Federal. O pedido também se estende aos outros presos que compartilhavam a cela com Guilherme.

1º Bilhete encontrado com instrução de bomba

Após um princípio de motim no dia 30 de maio, no Presídio de Segurança da Gameleira, em Campo Grande, foi descoberto um suposto plano de ataque à Polícia Militar e Civil de Mato Grosso do Sul, com instruções até de como se fazer bombas, guardadas com um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Tudo estava escondido em um bilhete, dentro da costura do short de um dos detentos, identificado como Guilherme Azevedo dos Santos, de 29 anos, encarcerado em uma das celas do pavilhão I. Ele é apontado pela polícia como membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital)

No bilhete, havia instruções para que os ‘irmãos' de facção se unissem para atacar os policiais militares, e policiais civis que estariam atacando os membros da facção de Caarapó e da região. Ainda no bilhete havia escrito: “vamos montar um tabuleiro e matar no ninho”. 

Ainda segundo as instruções do bilhete, era para que as delegacias fossem monitoradas e, assim, os batalhões atacados com bombas, ‘matando no ninho'. Instruções para como fazer a bomba estavam listadas. Ao final, o detento avisa que outras instruções seriam ‘passadas logo'. Guilherme já foi preso três vezes por tráfico de drogas, tentativa de homicídio e receptação.