‘Me sinto esbofeteado todos os dias’, diz secretário sobre pessoas que se negam a tomar vacina

Geraldo lamenta, diariamente, a grande quantidade de pessoas que se negam a tomar vacina ou então levar os filhos aos postos de vacinação

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Com a campanha de vacinação em pleno andamento e agora incluindo o público infantil, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, lamenta, diariamente, a grande quantidade de pessoas que se negam a tomar vacina ou então levar os filhos aos postos de vacinação, por exemplo. 

“Eu sinto como se levasse um tapa, me sinto esbofeteado todos os dias por aqueles que não têm compromisso com a vida. Acho que é um momento triste para a ciência porque, infelizmente, muita gente acredita em boatos, em coisas faladas nas redes sociais, na internet e aí não tomam a vacina”, afirmou ao Jornal Midiamax o secretário. 

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Foto: Divulgação

Conforme Resende, diariamente são feitas reuniões estratégicas, envolvendo municípios, secretarias e governos estaduais e o Ministério da Saúde, em que são definidas as novas diretrizes da vacinação, logística e campanhas, porém, de nada adianta se a população não se conscientizar da importância de receber a dose.

“Hoje mesmo estamos aguardando um novo quantitativo e o informe do Ministério da Saúde. Agora temos a Pfizer e a Coronavac para as crianças. E acho que os pais devem levar os filhos e eles tomarem a dose que tiver à disposição. Ambas são comprovadamente eficazes, testadas mundialmente e todas autorizadas pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, explicou o secretário. 

Crescimento dos negacionistas é diário, diz secretário

Ainda conforme Geraldo, é diário o crescimento de pessoas que não querem tomar vacina, os chamados negacionistas. “Acredito que estamos em um momento sombrio, com um crescimento muito grande dos negacionistas. Eles têm dificultado o nosso trabalho. Aliado a isso, já tem o cansaço das equipes, algumas delas alcançadas pela covid. E é um trabalho insano para não faltar leitos, para comprar insumos, aumentar centro de testagem, então, nós ficamos indignados, inconformados”, lamentou. 

Nesta segunda-feira (24), por exemplo, mais uma vez o Centro de Testagem, localizado na região central de Campo Grande, “amanheceu” lotado. “Nós podemos ter um fevereiro trágico a perdurar o número de casos após as testagens. Estamos tendo uma subnotificação bastante intensa e, logicamente as pessoas saindo e se aglomerando, tudo contribui e vamos ter mais 3 a 4 semanas neste sentido”, avaliou. 

Empresária levou o filho e se sente mais segura

A empresária Sarah Luana da Silva Pedrosa, de 30 anos, levou o filho de 5 anos para tomar a vacina nesta manhã (24). “Fui lá no posto da Vila Carlota com o Gabriel. E foi bem rapidinho, é aqui perto de casa. Ele tomou a Pfizer, conferi bem certinho o frasco alaranjado, que é a dose pediátrica. Estava ansiosa para ele tomar logo, para me acalmar e o meu marido também. Agora, vamos manter os cuidados, mas, só de tomar a vacina a gente fica mais tranquilo”, disse. 

Agora como modelo, os pais percorrem algumas cidades brasileiras com o menino. “Nós fomos para Santa Catarina semana passada e depois ele foi fazer umas fotos em Curitiba. Para ele, é uma diversão, só que a gente fica um pouco inseguro. Agora, com a vacina, é mais tranquilo. As aulas dele começam agora no próximo dia 7 e já estou até aqui anotado o dia da segunda dose”, finalizou.

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