A Agetran (Agência Municipal de Transporte e ) informou que recolheu o ônibus do Consórcio Guaicurus filmado soltando grande quantidade de fumaça. O veículo passará por vistoria para que os problemas sejam sanados. Apesar da irregularidade, a não informou se haverá aplicação de multa para as empresas de ônibus.

Entretanto, conforme o art. 231 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), trata-se de infração grave de trânsito. “Transitar com o veículo: III – produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN; Infração – grave;
Penalidade – multa; Medida administrativa – retenção do veículo para regularização”.

Ainda segundo o órgão municipal de trânsito, responsável pela ao Consórcio Guaicurus, as vistorias nos ônibus do Consórcio Guaicurus estão em dia em toda a frota que está circulando pelas ruas de .

Em nota, a agência esclareceu que a legislação prevê que seja feita uma vistoria ordinária anualmente, onde é realizado vistoria completa por veículo. Logo, as extraordinárias, sempre feitas se necessário, que são avaliadas pelos fiscais que verificam a necessidade. “Nossa frota roda com a vistoria em dia”, pontuou.

Sobre o episódio, o município ressaltou que lamenta o ocorrido e que o carro já foi entregue para vistoria a fim de solucionar o problema.

Ônibus ‘Maria fumaça'

Além da poluição, a situação envolvendo a precariedade do ônibus revoltou passageiros: “Esse motorista está colocando a vida dele em risco, e se ele fica intoxicado”, diz uma mulher durante o vídeo.

Mesmo com incentivos fiscais e incremento de quase R$ 2 milhões por mês nos repasses mensais, o Consórcio Guaicurus não tem previsão de renovar a frota de ônibus que circulam em Campo Grande.

Em fevereiro, o grupo de empresários que explora o transporte coletivo da Capital informou que não havia nenhuma estimativa para que novos ônibus sejam adquiridos, mantendo-se, então, os que já estão nas ruas.

O Jornal Midiamax recebe diariamente reclamações de passageiros sobre o transporte coletivo, que vão de atrasos a falta de estrutura e manutenção dos veículos — que descumpre item previsto no contrato de concessão.

Na última entrega de veículos, em setembro de 2018, havia a expectativa de que todos seriam equipados com ar-condicionado, no entanto, os veículos entregues foram todos convencionais e sem os aparelhos — o que frustrou os passageiros.

Vale lembrar que o transporte público de Campo Grande dispõe de 14 veículos convencionais com ar-condicionado, porém, todos estão sem circular com o equipamento ligado desde 2020 devido à pandemia. Assim como os ‘fresquinhos' executivos, que nunca mais foram vistos nas ruas da Capital.