Lia Nogueira sugere auditoria externa nas contas da Funsaud em Dourados

Enquanto a proposta de instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) não prospera na Câmara Municipal, a jornalista e vereadora Lia Nogueira (Progressista) defende a realização de uma auditoria externa na Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados).  O Órgão que é responsável pela administração do Hospital da Vida e também da UPA (Unidade de […]

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Enquanto a proposta de instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) não prospera na Câmara Municipal, a jornalista e vereadora Lia Nogueira (Progressista) defende a realização de uma auditoria externa na Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados).  O Órgão que é responsável pela administração do Hospital da Vida e também da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) acumula dívidas de mais de R$ 70 milhões.

De acordo com a parlamentar, a execução, por parte da Prefeitura de Dourados, de um amplo e rigoroso levantamento sobre receitas e despesas da fundação ao longo dos últimos anos seria um caminho adequado para que o poder público possa ter um panorama ainda mais completo sobre a real situação da Funsaud e descobrir os motivos que levaram a autarquia a contrair uma dívida milionária.

Conforme a vereadora progressista, a autoria nas contas da fundação também pode contribuir para identificação de falhas, irregularidades, ou até mesmo práticas ilegais que supostamente teriam ocorrido nos últimos anos.

“A Funsaud está à beira de um precipício. Conforme relatado pelo prefeito e colega de partido Alan Guedes, a dívida da fundação ultrapassa R$70 milhões. É muito dinheiro. Como uma autarquia pública acumula tamanha dívida recebendo repasses mensais dos governos municipal, estadual e federal”, questiona a vereadora.

A vereadora destacou ainda que outra medida já é analisada pelos 19 vereadores de Dourados e não descartou a possibilidade de a Câmara de Dourados instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para fazer uma ampla varredura nas contas da Funsaud.

“Nós recebemos o ofício protocolado nesta Casa de Leis pela direção do Conselho Municipal de Saúde, pedindo a instalação da CPI. O ofício cita os relatórios de 2019, oriundos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU), e indica superfaturamento e fraudes em licitações e contratos firmados pela fundação na área de alimentação, lavanderia, plantões médicos e contratação de unidades de terapias intensivas. São denúncias muito graves trazidas pelo conselho e que precisam ser devidamente apuradas”, explicou.

Lia Nogueira relatou ainda que, caso o pedido de instalação da CPI seja encaminhado pelo presidente da Câmara Laudir Munaretto (MDB) para apreciação em plenário, votará pela instauração da comissão. Lembrando que para instauração de uma CPI é necessário o aval e assinatura favorável ao pedido de pelo menos sete vereadores.

“Meu voto será sim para a criação da CPI, assim como fiz em 2019, quando assumi como vereadora suplente. Na época, fomos vencidos pela maioria. Obtivemos apenas cinco assinaturas, mas agora creio que teremos o número suficiente de votos. Precisamos abrir a caixa preta da Funsaud. Se há algo obscuro iremos apurar e posteriormente pediremos a intervenção do Ministério Público”, finalizou Lia.

 

 

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