Peru vira sobre a Bolívia e chega aos 4 pontos no grupo do Brasil

Com a maior parte da torcida presente no Maracanã a seu favor – mas com um público pagante ainda menor do que o estádio recebera no domingo -, o Peru bateu a Bolívia por 3 a 1, de virada, na noite desta terça-feira e chegou aos 4 pontos no Grupo A da Copa América, o […]

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Mauro Pimentel/AFP
Mauro Pimentel/AFP

Com a maior parte da torcida presente no Maracanã a seu favor – mas com um público pagante ainda menor do que o estádio recebera no domingo -, o Peru bateu a Bolívia por 3 a 1, de virada, na noite desta terça-feira e chegou aos 4 pontos no Grupo A da Copa América, o mesmo do Brasil. Com um gol e uma assistência, Paolo Guerrero foi o destaque do jogo e saiu de campo muito aplaudido.

Apontado como favorito, o Peru tinha diante da Bolívia um duelo decisivo. Se tropeçasse, precisaria derrotar o Brasil na última rodada para não correr o risco de deixar a Copa América ainda na primeira fase. Por isso, desde os primeiros minutos a seleção de Ricardo Gareca se pôs a atacar, povoando o campo boliviano.

O problema é que a pressão exercida nos primeiros 20 minutos não redundou em chances claras de gol. O time peruano rodava a bola, ia até a linha de fundo, deparava-se com um ferrolho boliviano e voltava a rodar a bola, dessa vez para o meio-campo. Presente em maior número, a torcida do Peru chegou a demonstrar impaciência

Não bastasse isso, aos 23 minutos o árbitro Roddy Zambrano marcou pênalti para a Bolívia – mas foi um suplício até o equatoriano se decidir pela marcação. Primeiro, ele viu toque de mão de Zambrano (o zagueiro peruano) e apontou a marca da cal. Depois, voltou atrás atendendo à marcação do auxiliar e anotou impedimento. Acionado pelo VAR, o árbitro então colocou a mão no ouvido e demorou longos quatro minutos para recuar novamente e marcar o que tinha decidido de cara. Pênalti, que Marcelo Moreno converteu aos 27.

A seleção peruana sentiu o gol e, nos dez minutos seguintes, parecia perdida em campo. Passes errados, avanços tímidos ao ataque e dificuldades em penetrar na área eram uma constância. A situação só mudou quando os bolivianos, na ânsia de ampliar, vacilaram na defesa. Aí Guerrero recebeu lançamento, driblou o goleiro Lampe e igualou, aos 44.

No segundo tempo, a história foi um pouco diferente. Assim como no início da partida, o Peru foi ao ataque, mas desta vez de maneira mais incisiva. A seleção passou a explorar mais as jogadas de flanco, principalmente o esquerdo. E foi por lá que Guerrero fez boa jogada e cruzou para Farfán virar, aos 10.

Além de colocar o time à frente no marcador, o gol de Farfán teve também um componente histórico. A última vez que ele havia marcado por sua seleção na Copa América foi há 15 anos, na edição de 2004, disputada no Peru. Assim, Farfán se tornou o jogador com o maior período de jejum de gols na história da competição.

Mesmo com a virada, a seleção peruana seguiu no ataque. A produção ofensiva da equipe era muito superior à da Bolívia, e a vitória magra por 2 a 1 não condizia com o que se via em campo. Até que, aos 50, Flores recebeu lançamento, encobriu Lampe e decretou o 3 a 1.

 

FICHA TÉCNICA:

 

BOLÍVIA 1 x 3 PERU

 

BOLÍVIA – Lampe; Diego Bejarano, Haquín, Jusino e Marvin Bejarano; Justiniano, Saucedo (Fernández), Raúl Castro e Chumacero; Saavedra (Leo Vaca) e Marcelo Moreno. Técnico: Eduardo Villegas.

 

PERU – Gallese; Advíncula, Zambrano (Miguel Araujo), Abram e Trauco; Tapia, Polo, Yotún, Cueva (Flores) e Farfán; Paolo Guerrero (González). Técnico: Ricardo Gareca.

 

GOLS – Marcelo Moreno, aos 27, e Paolo Guerrero, aos 44 minutos do primeiro tempo. Farfán, aos 10, e Flores, aos 50 minutos do segundo tempo.

 

ÁRBITRO – Roddy Zambrano (Fifa/Equador).

 

CARTÕES AMARELOS – Zambrano e Paolo Guerrero (PER); Chumacero, Fernández e Haquin (BOL).

 

RENDA – R$ 4.906.195,00.

 

PÚBLICO – 17.550 pagantes.

 

LOCAL – Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

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