Mercado projeta dólar a R$ 3,15 e inflação em 8,12% no final do ano
A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira no boletim Focus
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A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira no boletim Focus
Os investidores e analistas do mercado financeiro veem o dólar cotado a R$ 3,15 no final deste ano. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (23) no boletim Focus, pesquisa feita semanalmente pelo Banco Central (BC) com instituições financeiras. Na quinta-feira (19), a moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 3,296, o maior valor desde 1° de abril de 2003, quando havia fechado em R$ 3,304.
O mercado também voltou a elevar a projeção da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para os analistas, o índice fechará o ano com alta de 8,12%, e não mais de 7,93% como previsto na semana anterior. É a primeira vez este ano que a previsão ultrapassa 8%. Boa parte da alta da inflação está vinculada aos preços administrados, regulados pelo governo, como o da gasolina e o da energia. De acordo com a projeção doFocus, este ano, eles terão alta de 12,6%, e não mais de 12%, como estimado anteriormente.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos por um país), a projeção é que a economia brasileira terá retração de 0,83%. Na semana anterior, havia sido estimada queda de 0,78%. Já para a produção industrial, o recuo projetado para o fim deste ano permanece em 2,19%.
A expectativa para fechamento da Selic, taxa básica de juros da economia e principal instrumento do BC para controle da inflação, permaneceu em 13% ao ano. Isso significa que o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa mais uma vez este ano, em 0,25 ponto percentual. No início de março, o Copom subiu a Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano. Na ocasião, o patamar de elevação confirmou as previsões da maioria dos analistas.
A estimativa da dívida líquida do setor público permaneceu em 38% do PIB. A projeção do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, cresceu, ficando em US$ 79,8 bilhões, acima dos US$ 79,5 bilhões anteriores. O saldo projetado para a balança comercial subiu de US$ 3 bilhões para US$ 3,5 bilhões, enquanto os investimentos estrangeiros estimados diminuíram de US$ 57,5 bilhões para US$ 56,5 bilhões.
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