Mato toma conta de Cemitério e familiares reclamam de descaso
Matagal dificulta a localização dos túmulos
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Matagal dificulta a localização dos túmulos
Além da dor de enfrentar a perda de um ente querido, existe ainda a decepção de chegar ao cemitério e ver os túmulos cobertos por um matagal. Descuidados, os muros que cercam o cemitério Santo Amaro, um dos mais antigos de Campo Grande, também estão quebrados e ‘consertados’ com tapumes. Estima-se que mais de 40 mil pessoas estejam enterradas neste cemitério.
“Aqui na entrada está tudo limpo, mas se você for mais para o fundo vai ver o mato passar da cintura. Isto aqui parece um deserto, até filmei a situação”, comenta Letícia Almeida, de 19 anos. A jovem afirma que recentemente perdeu um parente e sempre que pode vai ao cemitério visitar a sepultura.
Osmar Gomes, de 71 anos, também sente na pele a dor da perda e do descaso. Há pouco mais de um mês enterrou a esposa no cemitério Santo Amaro. Agora, aos poucos, constrói um túmulo, mas comenta que quando pagou pela sepultura, cerca de R$ 135, se deparou com um local sujo, sem limpeza. O aposentado afirma que, agora, vê alguns trabalhadores fazendo manutenção no local.
“Ainda não está bem limpo, mas melhorou. Quando eu cheguei aqui tinha carrapicho e muito mato”, detalha. Letícia e Osmar eram um dos poucos visitantes que estavam no cemitério na tarde ensolarada deste domingo (8).
A reportagem do Midiamax falou com alguns funcionários do cemitério e foi informada que atualmente a Prefeitura é quem faz a manutenção do local. Conforme eles, há poucos dias uma equipe começou a limpeza, mas ainda não concluiu o trabalho. Segundo os funcionários, antes, o serviço era executado por uma empresa terceirizada. O Midiamax entrou em contato com a assessoria de imprensa do Executivo, através de e-mail, para saber como é o cronograma de limpeza do cemitério e aguarda por uma resposta.
No final do mês de janeiro, a Prefeitura informou que equipes estavam no cemitério para executar serviços de capina e roçada, além de tirar recipientes criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya. Mas 17 dias após o trabalho anunciado, não se vê, ainda, um lugar ideial para o descanso eterno ou que sirva de consolo para os que vão ao cemitério para amenizar a saudade.
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