Prefeitura planeja levar secretarias e abrir praça de alimentação na antiga rodoviária
A Prefeitura de Campo Grande vai aprofundar os estudos dos projetos de intervenção que planeja para revitalizar a antiga Estação Rodoviária e do seu entorno, região localizada no centro da cidade que há mais de uma década passa por um processo de degradação urbanística, ocupada por dependentes químicos, polo de prostituição. Além de dar novo […]
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A Prefeitura de Campo Grande vai aprofundar os estudos dos projetos de intervenção que planeja para revitalizar a antiga Estação Rodoviária e do seu entorno, região localizada no centro da cidade que há mais de uma década passa por um processo de degradação urbanística, ocupada por dependentes químicos, polo de prostituição. Além de dar novo aproveitamento aos 2.250 metros quadrados que lhe pertence (9% do prédio), o município vai estudar a viabilidade de desapropriar o estacionamento subterrâneo, com capacidade para 250 vagas, um salão de 2.500 metros quadrados (pertencente ao mesmo dono do estacionamento), além dos espaços onde funcionavam os cinemas (Plaza e Center).
O prefeito explicou que parte do custo das indenizações para as desapropriações será abatido com o IPTU em atraso devido pelos proprietários. Hoje, os proprietários do Condomínio Heitor Eduardo Laburu (há 216 espaços comerciais) devem mais de R$ 2,5 milhões em Imposto Predial e Territorial Urbano. Atualmente, somente 22 lojas estão ocupadas. A ideia é destinar este espaço que pode ser desapropriado para abrigar a Fundação Municipal de Cultura que transformaria os dois cinemas em espaços de manifestações culturais. Já a parte dos antigos guichês, onde se vendiam as passagem, ficaria reservada para abrigar a Superintendência de Turismo, vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio.
Por orientação do prefeito Gilmar Olarte, nos próximos 10 dias as secretarias vão orçar custos para transformar em praça de alimentação a antiga plataforma urbana, que dá frente para a rua Vasconcelos Fernandes. Hoje, o espaço é ocupado durante o dia pelos vendedores de carros usados (a chamada pedra) e à noite por nove “lancheiros”. Para a plataforma externa à rua Joaquim Nabuco, a proposta é transformá-la num terminal de transbordo do transporte coletivo, enquanto a plataforma interna ficaria para o embarque e desembarque de vans, além dos ônibus de sacoleiros.
Segundo o diretor do Instituto Municipal de Planejamento (Planurb), Marcos Antonio Cristaldo, a proposta é adotar um modelo semelhante ao da feira central, com o fechamento da rua Vasconcelos Fernandes(entre a Dom Aquino e a Barão do Rio Branco), instalação de banheiros e abertura de licitação por meio da qual outros permissionários possam se habilitar para explorar o negócio oferecendo outras alternativas de alimentação além de lanche. O projeto prevê ainda, que a feira de automóveis vai para a rua Consolação em frente do Cemitério Santo Antonio. No local, os veículos colocados à venda permanecerão no canteiro central, estacionados em 45º. A Secretaria de Infraestrutura vai melhorar a estrutura dos banheiros do cemitério para que possam ser usados pelos vendedores.
As linhas gerais do projeto foram apresentadas nesta segunda-feira (14) pelo prefeito Gilmar Olarte que, em companhia de secretários, se reuniu com a presidente da Associação dos Lojistas da antiga rodoviária, Heloisa Curi. Ela garante que se o município adotar alguma iniciativa concreta para trazer o público de volta ao antigo terminal, vai cobrar investimentos dos proprietários. “Vamos exigir a pintura geral do prédio, a substituição das portas de metal pelas de blindex”, assegura. Ela garante que vai procurar os proprietários dos imóveis da região que estão abandonadas, exigindo deles algum aproveitamento dos prédios. A reunião também teve a presença do vereador Eduardo Romero, do secretário João Alberto (Semadur) e do diretor-presidente da Agetran, Jean Saliba.
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