A cesta básica teve aumento de 1,29% em Campo Grande, no mês de janeiro em relação ao mês anterior. A laranja foi a vilã do mês, apresentando maior variação de preços conforme levantamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac). Segundo a pesquisa, a laranja subiu 10,02% devido ao rendimento de produção desta safra, que foi menor que o esperado.

Em janeiro, os 15 produtos da Cesta Básica Alimentar puderam ser adquiridos por R$ 289,13, enquanto que no mês anterior o valor era de R$ 285,46. No acumulado nos últimos 12 meses o índice apresenta variação positiva de 2,99%, nos últimos seis meses os números assinalaram 0,03 % e no ano a variação foi de 1,29%.

Dentre os 15 produtos pesquisados, oito tiveram preços elevados em janeiro de 2014, com destaque para: laranja 10,02%; alface 8,63%; banana 4,74%; pães 2,60%; margarina 2,39%; óleo 1,46%, carne 0,92% e açúcar 0,71%. Os produtos que registraram queda de preços foram: tomate -16,39%; feijão -10,49% e batata -2,41%. Mantiveram seus preços inalterados: macarrão, sal, arroz e leite.
Nos últimos seis meses os produtos que apresentaram maiores altas nos preços foram: laranja, banana, açúcar, margarina e carne. Em contrapartida, no mesmo período, registraram queda em seus valores: batata, tomate, feijão, arroz e óleo.

Custo x renda mensal

A análise confronta ainda o custo da Cesta Básica Alimentar com o poder de compra para o novo salário mínimo nacional de R$ 724,00, que passou a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2014. Neste caso o valor do salário é superior em 6,78% ao anterior que era de R$ 678,00.

No levantamento foi concluído que o trabalhador que recebeu um salário mínimo, no mês de janeiro, comprometeu 39,94% de sua renda bruta com alimentação, sobrando R$ 434,87 para as demais necessidades básicas como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros. No levantamento feito em dezembro de 2013 o custo da Cesta Básica Alimentar comprometia 42,10% do salário mínimo.
Por fim, outra análise feita pelos técnicos da Semac foi do custo da Cesta Básica Alimentar em horas trabalhadas. No mês janeiro de 2014 o trabalhador com renda mensal de um salário mínimo precisou trabalhar 87 horas e 51 minutos da sua jornada de 220 horas/mês para cobrir os custos da Cesta Básica Alimentar. Em dezembro de 2013 o tempo necessário de trabalho para a mesma finalidade foi de 92 horas e 38 minutos.      

Cesta Básica Familiar

A pesquisa realizada no mês de janeiro de 2014 do custo da Cesta Básica Familiar apresentou alta de preços de 1,47% em Campo Grande, em relação ao apurado no mês anterior. Os 44 produtos da Cesta Básica Familiar puderam ser adquiridos pelo custo de R$ 1.295,52. No levantamento anterior os mesmos produtos estavam custando o total de R$ 1.275,29.

Entretanto, no acumulado dos últimos seis meses, a Cesta Básica Familiar apresentou alta de 3,12%, no ano a variação foi positiva com 1,47% e nos últimos 12 meses os índices foram de 5,76%.

O custo total da Cesta Básica Familiar no mês de janeiro de 2014 comprometeu 35,79% do valor total da renda familiar. Para esse cálculo a Semac considera a renda familiar de cinco salários mínimos, ou seja, R$ 3.620,00. No levantamento feito em dezembro de 2013, o custo da Cesta Básica Familiar comprometeu 37,62% do valor total da renda familiar.

Dentre os 44 produtos pesquisados no mês de janeiro, 22 apresentaram alta nos preços, 10 tiveram queda e sete mantiveram os preços inalterados.

No grupo alimentação foram analisados 32 produtos e a variação positiva foi de 1,57%. Os produtos que tiveram alta foram: cenoura 13,58%; laranja 10,03%; cebola 9,89%; mamão 9,60%; alface 8,65%; banana 4,69%; abobrinha 3,17%, ovos 2,76%; pão (francês) 2,64% e margarina 2,59%. No grupo de produtos que apresentaram maiores quedas nos preços estão: tomate 16,34%; feijão 10,50%; peixe 3,81%; batata 2,44% e alho 2,35%. Macarrão, queijo, sal, arroz e leite mantiveram os preços inalterados.    

No grupo de higiene pessoal foi constatada queda de 0,95%. Em janeiro a análise mostrou variação nos preços dos produtos: papel higiênico 2,98% (foi incluído o pacote de oito rolos papel), lâmina de barbear 2,45% (foi observada novas marcas), dentifrício 0,66%. O absorvente apresentou alta de 0,93%, já o sabonete manteve seu preço inalterado.

O grupo de limpeza doméstica, com sete produtos, apresentou variação positiva de 0,70% nos produtos: sabão em barra 2,67%, sabão em pó 1,17%, detergente 0,80% e esponja (aço) 0,75%. A queda foi observada para o desinfetante com 0,83% e a cera em pasta com 0,51%. A água sanitária não registrou alteração de preço.