A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) tem expectativa de que o dossiê elaborado ex-delegado e advogado Paulo Magalhães, seja incluído nas investigações sobre seu assassinato. Nesta quinta-feira (25), a morte de Magalhães completou um mês e a polícia pediu mais prazo para encontrar os assassinos e concluir o inquérito.
“Recomendamos a inclusão do dossiê junto a outros dados já coletados na investigação. Esse é um documento importante que não pode ser desconsiderado”, diz o presidente da Comissão de Advogados Criminalistas, Luiz Carlos Saldanha Rodrigues Junior.
Saldanha compõe o grupo nomeado pela OAB, que acompanha as investigações. O grupo conta ainda com a participação dos advogados Rodrigo Corrêa Couto, da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados (CDA), e o advogado Alexandre Franzoloso.
Segundo Saldanha, o dossiê, divulgado pela imprensa, que reúne todas as denúncias feitas por Paulo Magalhães em seu blog pessoal, até o momento não foi objeto de investigação.
O advogado informou que aguarda a autorização da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para que os representantes da OAB/MS possam acompanhar o processo e ter acesso a detalhes do caso.
Logo após a execução de Magalhães, o presidente da OAB/MS, Júlio Cesar Souza Rodrigues, enviou ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, e ao secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, e ao governador do Estado, André Puccinelli, reforçando o pedido de apuração.