A menos de um ano das eleições, a presidente Dilma Rousseff reúne neste sábado(2), 15 ministros no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, para checar o andamento de obras e programas e definir estratégias para acelerar o que está travado. O objetivo do Palácio do Planalto é agilizar a inauguração de obras consideradas “vitrines” para a campanha à reeleição da petista.

No twitter, Dilma disse neste sábado que a reunião “rotineira” é para “discutir cronogramas de entrega de obras federais pelo país”.

“Considero que governar é oferecer à população serviços públicos com cada vez maior qualidade e honrar a confiança em nós depositada. Por isso, reuniões rotineiras como essa são importantes para coordenar os esforços dos ministérios”, disse a presidente em sua conta na rede social.

No de Finados, os ministros chegaram pouco antes das dez da manhã para a reunião com a presidente.

As ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Miriam Belchior (Planejamento) coordenam o encontro, do qual também participam Paulo Bernardo (Comunicações), Alexandra Padilha (Saúde), Aloizio Mercadante (Educação), Edison Lobão (Minas e Energia), Cesar Borges (Transportes), Francisco Teixeira (Integração Nacional) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social), entre outros.

De acordo com a pauta do encontro, os ministros terão que apresentar uma “narrativa estratégica” de suas pastas, a meta para 2014 e as “principais inaugurações e eventos para novembro e dezembro”.

A equipe de Dilma quer acelerar os investimentos, que não estão em ritmo considerado satisfatório, o que deve ser usado como munição pela oposição na campanha eleitoral de 2014.

Entre janeiro e setembro deste ano, os investimentos do Orçamento da União atingiram R$ 46,5 bilhões, uma alta de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto isso, as despesas cresceram 13,5%.

Segundo assessores presidenciais, Dilma quer checar como está o andamento dos leilões de rodovias, aeroportos, portos e ferrovias.

Até o fim do ano, o governo planeja leiloar os aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG) –no dia 22 de novembro– e licitar mais duas rodovias.

No mês passado, o governo fez o leilão do campo de Libra, para exploração de petróleo da área do pré-sal, no qual apenas um consórcio fez lance, sem ágio.

Ainda assim, o Planalto comemorou o resultado, principalmente pelos R$ 15 bilhões de bônus, que vão ajudar o Tesouro a tentar atingir a meta fiscal do ano.