Advogado da Gaviões diz que foto confirmará menor como autor do crime

O advogado Ricardo Cabral compareceu na manhã desta segunda-feira na Vara da Infância e Juventude de Guarulhos para pedir preferência no atendimento ao jovem de 17 anos, que confessou ter lançado o sinalizador que matou o garoto Kevin Espada, de 14 anos, na partida entre San José e Corinthians, quarta-feira passada, pela Libertadores. Cabral, advogado […]

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O advogado Ricardo Cabral compareceu na manhã desta segunda-feira na Vara da Infância e Juventude de Guarulhos para pedir preferência no atendimento ao jovem de 17 anos, que confessou ter lançado o sinalizador que matou o garoto Kevin Espada, de 14 anos, na partida entre San José e Corinthians, quarta-feira passada, pela Libertadores.

Cabral, advogado da Gaviões da Fiel e escolhido para defender o adolescente, afirmou que já foi enviada uma foto colorida do jovem à Bolívia e que acredita que assim que ele for comparada com as imagens da TV do país, será confirmado o autor. O menor tem como letras de seu nome H.A.M., não tem emprego fixo, estuda, não tem antecedentes criminais e se apresentará às 15h. O procedimento normal requer a retirada de uma senha para o atendimento, porém, o advogado conseguiu o atendimento preferencial.

Assim que a fotografia for comparada com as imagens da televisão boliviana, Cabral entende que os 12 torcedores presos em Oruro sejam soltos. “A partir do momento que esta fotografia for enviada pra Bolívia, não restará dúvidas que ele foi o autor do disparo”, afirmou o advogado.

Segundo Cabral, o jovem deve ser indiciado por homicídio culposo – quando não se tem a intenção de matar – e o representante acredita que ele responda pelo crime em liberdade.

H.A.M. ainda pode ser expulso da Gaviões. O advogado disse que o caso será analisado pelo conselho da torcida organizada, mas afirmou que o jovem cometeu uma falha grave ao não avisar que portava sinalizadores.

Cabral reiterou o que o jovem disse no domingo em entrevista à TV Globo: que o disparo teve como direção os torcedores do San José de maneira acidental e que por isso tentará enquadrá-lo em homicídio culposo.

“Esse sinalizador poderia se virar contra ele. Acreditamos e vamos mostrar que foi homicídio culposo, ele não teve intenção desse resultado. Ele já se sente condenado para o resto da vida, ele vem de uma família de seis irmãos, e o irmão mais novo tem o mesmo nome do garoto morto”, falou o advogado.

Cabral ainda explicou que a mochila com os outros sinalizadores foi encontrada perto do grupo de torcedores que acabou preso porque, assim que soltou o artefato de forma errada, o jovem começou a ser ameaçado pelos outros corintianos. O adolescente, então, fugiu e deixou a mala na arquibancada.

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