Três suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio foram presos nesta sexta-feira (9), segundo a Polícia Civil de Minas Gerais. Segundo as primeiras informações, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques e Elenilson Vitor da Silva estavam juntos, em Igarapé (MG).

Os três foram alvos de mandados de prisão expedidos pela Justiça mineira na quarta-feira (7). Segundo as investigações, Silva é administrador do sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas (MG). Ainda de acordo com a polícia, Marques e Araújo tiveram contato com o filho de Eliza Samudio.

O advogado Ércio Quaresma, que defende esses três suspeitos presos, havia dito, pela manhã, que orientou os clientes a permanecerem foragidos. Quaresma também foi contratado por outros três suspeitos e disse que vai entrar com pedido de habeas corpus para todos eles.

Outras quatro pessoas já estão presas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de participação no mesmo crime. São elas: o goleiro Bruno, Dayane (mulher do jogador), Luiz Henrique Romão (amigo de Bruno conhecido como Macarrão), Sérgio Sales (primo do atleta) e Marcos Aparecido dos Santos (ex-policial chamado de Paulista, Bola e Neném).

Investigação

Eliza Samudio está desaparecida desde o início de junho. Nascida em Foz do Iguaçu (PR), ela se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com Bruno. Ela engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010. Desde então, Eliza buscava na Justiça o reconhecimento de paternidade.

A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno.

Na última terça-feira (6), um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza foi agredida e morta.

Na quarta-feira, foi decretada a prisão de Araújo, Marques, Silva e mais quatro pessoas suspeitas de envolvimento no desaparecimento de Eliza em Minas Gerais, além da internação provisória do menor. No mesmo dia, a Justiça do Rio decretou a prisão de Bruno e de um amigo dele, Luiz Henrique Romão, conhecido Macarrão. A polícia fluminense diz que os dois são suspeitos de participação no sequestro de Eliza.

Dayane e Sales foram presos em Minas Gerais. Em depoimento, Sales disse que viu Eliza ferida no sítio do goleiro, mas não presenciou a morte da jovem. Bruno e Macarrão se entregaram no Rio de Janeiro. Os dois negam envolvimento.

Na quinta (8), foi decretada a prisão do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos que, segundo os depoimentos, teria matado Eliza. Ele foi preso no mesmo dia. O advogado de Santos, Rodrigo Braga, disse que seu cliente nega o crime.