Após surto de varíola dos macacos, doença segue controlada em MS mesmo sem receber imunizante
Mato Grosso do Sul não registra nenhum caso confirmado desde março deste ano
Valesca Consolaro –
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Após Mato Grosso do Sul ter sido um dos epicentros de casos de Mpox, em 2022 e 2023, doença conhecida como varíola dos macacos, o Estado passa por um momento de estabilidade, com nenhum caso da doença registrado desde março deste ano. Além disso, o Ministério da Saúde não enviou mais doses do imunizante a MS, desde março de 2023.
Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), o Estado recebeu 332 doses da vacina MVA-BN Jynneos Mpox, em março de 2023, que foram disponibilizadas aos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, que à época concentravam o maior número de casos da doença.
“O Ministério da Saúde não realizou novas aquisições do referido imunizante, conforme NOTA TÉCNICA Nº 102/2023-CGICI/DPNI/SVSA/MS, considerando o atual cenário epidemiológico de casos confirmados da doença no Brasil e no mundo”, escreveu a pasta em nota.
A nota técnica em questão informa que houve um problema no fornecimento de imunizantes e que o estoque era considerado restrito e, portanto, a distribuição continuaria contingenciada. A decisão foi tomada, também, com base no baixo número de casos da doença.
Conforme os dados do Painel Mais Saúde, da SES, Mato Grosso do Sul não registra nenhum caso confirmado desde março deste ano, embora tenha tido seis casos nos meses de janeiro e fevereiro.
Sobre a Mpox
A Mpox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox virus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, geralmente autolimitada, cujos sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas. O período de incubação do vírus é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
A pessoa infectada é assintomática no período de incubação. A manifestação típica é composta por manchas vermelhas, precedidas ou não de febre de início súbito e inchaço dos gânglios. Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.
A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou objetos recentemente contaminados, tais como toalhas e roupas de cama.
Também pode ocorrer por meio de gotículas que geralmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, tornando trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se forme.
Em caso suspeito da doença, é necessário realizar o isolamento imediato do indivíduo e coletar amostras clínicas em uma unidade de saúde. O rastreamento e monitoramento dos contatos dos casos suspeitos deverão ser realizados por no mínimo 21 dias.
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