Idosa aguarda há dois dias em jejum por cirurgia em hospital de Campo Grande
Mulher precisa amputar dedo para que bactéria não se espalhe para o restante do pé
Thalya Godoy –
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Uma mulher de 66 anos aguarda há dois dias em jejum por uma cirurgia no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS/Ebserh), em Campo Grande. A idosa, que tem diabetes, está com uma bactéria no dedo que precisa ser amputado para que a infecção não se espalhe para o restante do pé.
De acordo com a filha Helaine Domingos, a mãe Ivone Aparecida Domingos está desde quarta-feira sem se alimentar ou beber devido ao aguardo da cirurgia. No dia 14, o médico pediu que a idosa entrasse em jejum, pois a cirurgia seria realizada no dia seguinte, na quinta-feira (15). O procedimento foi cancelado, assim como o que seria realizado nesta sexta-feira (16).
“Minha mãe é diabética e com esse descaso está chorando muito”, relata a filha. “Minha irmã conversou com a assistente social e a mesma acompanhou ela até a ouvidoria para fazer a reclamação”, completa.
Segundo Helaine, a mãe aguardou desde 7 de setembro no corredor do hospital uma vaga na enfermaria. Após quatro dias, Ivone foi transferida para o setor. “Minha mãe está há dois dias sem se alimentar e sem beber água aguardando a cirurgia”, lamenta.
O Midiamax entrou em contato com o Hospital Universitário para perguntar sobre a situação da paciente.
Confira abaixo na íntegra a nota do HU:
A primeira cirurgia foi suspensa por falta de medicamentos. Já no segundo caso, que foi no dia 16/09, antes da cirurgia da Senhora Ivone havia outra cirurgia marcada, com previsão de duração de 3 horas, no entanto, houveram complicações e a cirurgia começou às 7h40 e terminou às 17 h. Inclusive o paciente anda estava no centro cirúrgico quando fomos procurados para responder. Neste dia o Humap contava com somente 3 anestesistas e pelo menos mais 4 casos de cirurgias URGENTES tiveram prioridade em relação ao caso da senhora Ivone.
O jejum é necessário para que a cirurgia possa ser realizada para a própria segurança do paciente.
O Humap-UFMS entende e compreende a aflição da paciente e família e é solidário com a situação. No entanto, algumas situações fogem do que gostaríamos. Importante dizer que a paciente está sendo totalmente assistida.
Matéria atualizada às 12h50 no dia 19/09/2022 para acrescentar a nota do Hospital Universitário.
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