Teste de febre amarela com amostras de macacos não dá certo e SES envia análise ao Pará
Estado de decomposição dos animais prejudicou análise
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Estado de decomposição dos animais prejudicou análise
Os exames com amostras coletadas de quatro macacos encontrados mortos em Aparecida do Taboado – distante 457 km de Campo Grande – não foram conclusivos. A SES (Secretaria Estadual de Saúde) explicou que o estado em que os animais foram encontrados, já em decomposição, impossibilitou a confirmação de estarem contaminados com o vírus da Febre Amarela Silvestre (FAS). Agora, a Secretaria recolheu amostras de mosquitos na região de Aparecida e enviou o material para o laboratório do Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Estado do Pará. A SES não emitiu uma data para o resultado dos exames.
Mesmo sem o resultados dos exames, no entanto, a OMS (Organização Mundial de Saúde) coloca Mato Grosso do Sul na lista de Estados que oferecem risco aos países vizinhos. A Organização fez um alerta para alguns países da América do Sul, que compartilham fronteira com o Brasil. De acordo com a Agência Brasil, a ocorrência da doença em animais em Roraima, que faz fronteira com a Venezuela; em Mato Grosso do Sul, vizinho do Paraguai; e Paraná, próximo a Argentina e Paraguai, “representam um risco de circulação do vírus até esses países, sobretudo nas áreas com o mesmo ecossistema”. A afirmação ocorreu por meio de boletim, divulgado no início do mês.
Entenda
Quatro macacos foram encontrados mortos em Aparecida do Taboado, no dia 24 de janeiro. A enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Aparecida do Taboado, Eugênia Paiva, disse por telefone ao site Perfil News, que a morte dos quatro animais aconteceu em áreas rurais do município.
“A fazendeira nos avisou do ocorrido depois de saber pela imprensa sobre o surto da febre amarela em Minas Gerais, e que os macacos também podem ser vítimas do mosquito que transmite a doença”, contou ela.
Os macacos, no entanto, não transmitem a doença, apenas o mosquito. A FAS – diferente da modalidade urbana, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um ‘arbovírus’, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Ela é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus. De acordo com o Ministério da Saúde, técnicos auxiliam o monitoramento dos animais em áreas de risco.
O Ministério já enviou 12,8 milhões de doses extras aos estados com situação mais grave, como Minas Gerais e São Paulo. Até esta segunda-feira (20), foram confirmados 274 casos da doença, de acordo com o Ministério. Foram notificados, ao todo, 1.286 casos suspeitos no país – 898 permanecem em investigação e 114 foram descartados -. São 92 óbitos confirmados pela doença, e 113 ainda são investigados. Em Mato Grosso do Sul não há nenhum caso da doença registrado.
A única suspeita, motivada pela viagem de um caminhoneiro catarinense ao Estado, entre o final de 2016 e início de 2017, foi descartada após exames realizados em Blumenau (SC). Os últimos casos de febre amarela em Mato Grosso do Sul ocorreram em 2015, em Bonito – distante 300 km de Campo Grande, e em Corumbá – distante 444 km da Capital, em 2010.
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