Vigilância suspende partos na Maternidade Municipal das Moreninhas

Após acúmulo de denúncias, vigilância interditou o centro cirúrgico

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Após acúmulo de denúncias, vigilância interditou o centro cirúrgico

A maternidade municipal de Campo Grande – o Hospital da Mulher “Vó Honória Martins Pereira”, no bairro das Moreninhas – foi interditado pela vigilância sanitária no início da tarde desta quinta-feira (1). O cenário que motivou a interdição é caótico e já acumula denúncias: mofo e falta de estrutura física, falta de medicamentes e esterilização duvidosa de aparelhos. O jornal Midiamax recebeu as denúncias de leitores e conversou com uma funcionária da Maternidade, que confirmou a interdição.

“Está faltando medicamento e esterilização dos aparelhos, que não tem esterilização adequada. Aí faz você faz cirurgia sem ter essa segurança e o risco é grande”, contou a funcionária, que não quis se identificar. “Vem ao longo dos anos, desde que eu trabalho, está assim”. De acordo com ela, os aparelhos são esterilizados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

 

 

Ela explica que já encaminharam denúncias, mas que a Sesau (Secretaria municipal de saúde pública) não responde às tentativas de diálogo. “Acaba indo pra Sesau e eles não atendem, por mais que faça o pedido, eles não atendem. Eles não tem o controle, está esterilizando na UPA Moreninhas, porque o hospital não tem condições. A parte de estrutura, tem mofo nas paredes, vazamentos”, contou. “A gente não tem segurança pra atender os pacientes”.

Já uma leitora, relata surpresa com o que chamou de “caos”. Ela conta que foi ao local como acompanhante de uma gestante. O que ela relata é ausência de lavanderia, de roupas para pacientes e até ausência de roupas de cama. Todas que estavam no local, de acordo com ela, “já foram todas usadas”. “No expurgo, sacos e mais sacos de roupas sujas, a maioria com sangue, cheio de moscas rodando por cima e eles nao tem o que fazer”, explica.

Ela ainda complementou a denúncia, afirmando que os pacientes “estão deitadas em colchões sem forro. Nas fotos, a mesa enferrujada é o local onde ficam os pertences das pacientes e recém-nascidos”. A alimentação consiste, de acordo com ela,de apenas arroz e feijão. “Foco cirúrgico não funciona há meses, médicos e enfermeiros precisam se desdobrarem para consegui fazer o seu trabalho”.

O jornal Midiamax questionou a Sesau mas até o fechamento dessa matéria ainda não obteve resposta.

 

*matéria alterada às 16h24 para acréscimo de informações.

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