Setembro Dourado: cura do câncer infantil chega a 70% dos casos com diagnóstico
Câncer é segunda maior causa de morte entre 1 e 19 anos
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Câncer é segunda maior causa de morte entre 1 e 19 anos
O câncer infantil figura atualmente como a segunda causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos, perdendo apenas para causas externas, como acidentes e violência. Apesar disso, o índice de cura pode chegar a 70% dos casos se houver diagnóstico precoce. O alerta é da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica que promove a campanha Setembro Dourado no intuito de ampliar a conscientização em prol da causa.
De acordo com a entidade, no Brasil, a taxa de cura do câncer infantil gira em torno de 50% dos casos – índice bastante distante de países como os Estados Unidos, onde a taxa é de 80%. A campanha destaca que o tratamento, nestes casos especificamente, vai muito além do papel exercido por hospitais e defende o empenho de diversos setores na luta contra a doença.
Câncer em crianças X câncer em adultos
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam 12 mil novos diagnósticos de câncer infantil no Brasil a cada ano, com pico de incidência na faixa de 4 a 5 anos e um segundo pico entre 16 e 18 anos.
Os tipos mais comuns de câncer entre adultos são os carcinomas (como câncer de pulmão e câncer de mama), provocados, em parte, por fatores ambientais e estilos de vida. Já em crianças, os tipos mais comuns são leucemia, tumores no sistema nervoso central e linfomas (câncer dos gânglios linfáticos), geralmente com origem em células que se desenvolveram em estágios iniciais da gestação.
Câncer infantil é doença familiar
A campanha defende ainda que o profissional de saúde que atende uma criança com câncer deve estender o tratamento a toda a família do paciente, uma vez que o câncer infantil é visto por especialistas como uma espécie de câncer familiar e não de um único indivíduo apenas.
A proposta é que a sociedade civil organizada exerça papel fundamental de dar apoio psicológico, principalmente aos que estão em outra cidade para o tratamento e o acolhimento da família e da criança.
“A luta pelo câncer infantojuvenil é de todos – governantes de todas as esferas, pais, educadores, profissionais da saúde, voluntários, cidadãos. Assim, quanto mais informações sobre a doença forem disseminadas na sociedade e cada um assumir o papel de promoção pela cura, alcançaremos a meta, pois não há prêmio melhor do que uma criança curada.”
Sinais a serem investigados
Os principais sinais de investigação em relação ao câncer infantil são:
– vômitos associados a dores de cabeça (sem náusea)
– desequilíbrio ao andar
– dificuldade na visão
– dores ósseas ou nas articulações
– movimentos limitados
– palidez insistente
– febre persistente
– emagrecimento
– fraqueza
– irritabilidade
– sudorese excessiva
– manchas roxas no corpo ou em pálpebras
– sangramento em geral
– diarreias crônicas
– dores frequentes nos dentes, não associadas a cáries
– dores abdominais prolongadas
– ínguas, gânglios ou nódulos indolores, com rápido crescimento, principalmente no pescoço, axila ou virilhas
– nódulos ou pintas na pele, que crescem ou mudam de cor
– secreção crônica drenada pelo ouvido
– desenvolvimento precoce de caracteres sexuais
– na região dos olhos, pupila branca ou totalmente dilatada, protrusão do globo ocular.
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