Responsável por incêndio no Pantanal, Rumo soma R$ 57 milhões e lidera ranking do Ibama
Empresa é apontada como responsável por incêndio que devastou 17 mil hectares do bioma
Da Redação –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Maior administradora de ferrovias do país, a Rumo Malha Oeste lidera o ranking das maiores multas aplicadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por infrações ambientais em 2024. Com grande atuação em Mato Grosso do Sul, a empresa é apontada como responsável pelo incêndio que devastou 17,8 mil hectares do Pantanal no ano passado. Ao todo, foram R$ 57,5 milhões em penalidades.
Conforme levantamento produzido pelo órgão e divulgado pela Folha de São Paulo, a Rumo, braço de logística do grupo Cosan, conglomerado brasileiro com negócios nas áreas de açúcar, álcool, energia, lubrificantes e logística, recebeu a primeira infração após investigação do IBAMA revelar que o incêndio, que devastou mais de 17 mil hectares de vegetação, iniciado no mês de agosto de 2023, foi causado por uma manutenção de trilhos da Rumo Malha Oeste.
A empresa deixou de cumprir normas de segurança, como a limpeza das áreas de manutenção para evitar que faíscas de solda iniciassem o fogo, além da revisão periódica de seus equipamentos, revelou a investigação.
Outra infração praticada pela Rumo foi o descumprimento das condicionantes do licenciamento concedido para operação na região pantaneira, o que resultou em multa de R$ 7 milhões. Tocos de madeira retirados dos trilhos foram deixados no meio ambiente, servindo de combustível para o fogo.
Além da Rumo, a Petrobras e a Trill Construtora, que presta serviços ao Grupo Cosan, fecham o Top 3 das autuações, com R$ 51,3 milhões e R$ 50 milhões em multas, respectivamente. O IBAMA aplicou R$ 4,7 bilhões em multas por infrações ambientais em 2024.
Tanto a Rumo quanto a Trill não quiseram comentar os dados revelados pela Folha, já a Petrobras afirmou atuar com responsabilidade social e ambiental. A empresa sinalizou que deve recorrer das multas aplicadas. “Toda vez em que há pontos controversos, questionamos o IBAMA, conseguindo a anulação da multa ou redução do valor”, disse à Folha. (Marcus Moura com informações da Folha de São Paulo)
Notícias mais lidas agora
- Gaeco e Bope cumprem ao menos 9 mandados de prisão contra organização criminosa em Campo Grande
- Apreendido em MS, Snus é ‘cigarro sem fumaça’ que bomba até entre jogadores na Europa
- Bombeira Laika encontra corpo de idoso que desapareceu em Campo Grande no domingo
- Idoso tem dedo mutilado ao ser atacado por mulher com enxada na Vila Anahy
Últimas Notícias
Setor de serviço de MS fecha em 0,6% em novembro e fica acima de média nacional
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE
Homem sequestrado na fronteira o Paraguai já foi preso carro lotado maconha em 2014
O homem de 50 anos, sequestrado na tarde desta terça-feira (14) em Ponta Porã, tem uma ficha corrida que inclui diversos processos na Justiça e também uma prisão com carga de maconha em 2014 por agentes da PRF (Polícia rodoviária Federal). Na época ele teria abandonado um veículo na BR-463, mas foi capturado logo em…
Agrotóxico se espalha por MS e é encontrado até em frutas e água da chuva, mostra pesquisa
Pesquisa vê pulverizações como caso de etnocídio da população Guarani Kaiowá em MS
Idoso morre no hospital um mês após cair de degrau em fazenda em Corumbá
Na madrugada, o idoso passou mal e morreu no hospital
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.