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Transparência

‘Organização criminosa complexa e bem articulada’: Justiça mantém prisão de presos na Grilagem de Papel em Coxim

Envolvidos na Grilagem de Papel passavam a propriedade de terrenos ilegalmente para o nome de familiares e terceiros que pagavam propina
Fábio Oruê -
Coxim grilagem de papel
Edifício-sede da Prefeitura de Coxim. (Foto: Divulgação/PMC)

A Justiça manteve a prisão dos alvos da Operação Grilagem de Papel, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao ). A ação ocorreu no final de maio, em .

Ao proferir a decisão, o desembargador Waldir Marques considerou que os envolvidos formam uma ‘organização criminosa complexa e bem articulada’.

“Se a decisão de primeiro grau foi idoneamente fundamentada na garantia da ordem pública, tendo em vista a gravidade concreta dos delitos, cujos elementos extraídos até então demonstram, [há] a existência de uma organização criminosa complexa e bem articulada, com a finalidade de praticar os crimes de falsidade ideológica, lavagem de capitais, inserção de dados falsos em sistema de informação”, diz o documento.

Assim, permanecem presos Rodrigo Ferreira Lima, empresário e ex-gerente de Tributação da Prefeitura de Coxim (apontado como chefe do esquema); Thiago Cruz Cassiano da Silva, arquiteto e ex-gerente de Habitação; Márcio Rodrigues da Silva, escrivão da PC (Polícia Civil) cedido para a da gerência de Tributação; e Ivaldir Adão Albrecht Junior, amigo de Rodrigo que intermediava negociações.

Grilagem de Papel

O Gaeco deflagrou a segunda fase da Grilagem de Papel na manhã do dia 27 de maio e cumpriu quatro mandados de prisão em Coxim. Além disso, quatro medidas cautelares e nove mandados de busca e apreensão.

Durante a operação, as equipes apreenderam aparelhos celulares e documentos relacionados à regularização fundiária urbana (Reurb) e à transmissão de imóveis dos investigados. 

O Gaeco fez buscas e apreensões em diversos endereços, a maioria de pessoas que já fizeram negócio com Rodrigo. Entretanto, a ação também ocorreu na Prefeitura de Coxim, no Cartório de Registro de Imóveis, em residências de funcionários, escritórios de advocacia, dentre outros.

A operação cumpriu ainda três ordens de afastamento de servidores públicos de seus cargos, em razão de suspeitas de envolvimento nos crimes. Os alvos acabaram investigados por ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros crimes correlatos.

Como funcionava o esquema?

Conforme apurado até o momento, a organização criminosa, integrada por particulares e servidores públicos, teria fraudado a expedição de diversas certidões de regularização fundiária de terrenos desocupados em Coxim, mas com propriedade definida, sem seguir o procedimento exigido em lei.

A partir dessas certidões ilegais, as propriedades eram transferidas no Cartório de Registro de Imóveis para os próprios envolvidos, seus familiares ou terceiros que pagavam propina para esta finalidade.

O nome da Operação Grilagem de Papel faz alusão à apropriação ilegal de terrenos de terceiros, por meio de documentos fraudulentos.

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