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Transparência

MPF arquiva investigação criminal sobre ação da PM em protesto indígena em Dourados

Contudo, ainda segue em curso apuração cível sobre possíveis violações de direitos fundamentais das comunidades indígenas
Vinicios Araujo -
Inquérito que apurava conduta criminal dos PM's, foi arquivada. Foto: Marcos Morandi/MídiaMax

A 7ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (Ministério Público Federal) homologou o arquivamento do procedimento investigatório criminal que apurava supostos abusos cometidos por policiais militares durante protesto realizado em novembro de 2024, nas imediações da BR-156, próximo à Aldeia Jaguapiru, em .

A manifestação teve como motivação a falta de abastecimento de água na região, problema que ainda não foi solucionado de forma definitiva. 

Segundo a relatora do processo, procuradora Cláudia Sampaio Marques, a atuação da foi embasada em boletim de ocorrência registrado na época, que resultou na abertura do Inquérito Policial nº 656/24. 

O protesto foi encerrado com uma operação de desobstrução da via pública pelo Batalhão de Choque da PM/MS.

Conforme a publicação no Diário Oficial do Ministério Público Federal, o colegiado considerou que os policiais estavam em serviço regular e agiram no exercício de suas funções institucionais, o que atrai a competência da Justiça Militar para processar e julgar os atos eventualmente praticados. 

Além disso, o documento ressalta que possíveis violações de direitos fundamentais estão sendo apuradas em esfera cível por meio do Inquérito Civil nº 1.21.001.003613/2024-99, conduzido pelo próprio MPF, que investiga a responsabilidade do Estado de por eventual uso desproporcional da força e omissão na proteção dos direitos indígenas.

O caso também é acompanhado pela PRDC (Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão). Por unanimidade, o colegiado decidiu pela homologação do arquivamento do procedimento criminal.

Problema na sede da aldeia

A falta de água na maior reserva indígena urbanizada do Brasil, localizada em /MS, é um problema que afeta a vida de mais de 20 mil moradores. 

Sem água para beber, cozinhar e tomar banho, famílias indígenas vão sendo negligenciadas pela ausência da eficácia pública, que mantém as comunidades originárias às margens do desenvolvimento.

Medidas paliativas como a abertura de poços e distribuição de água por meio de caminhões-pipa tentam minimizar os danos na qualidade de vida. Mas, sem resolução definitiva, a rotina de quem vive na reserva coloca em xeque a dignidade.

O Governo do Estado tem buscado amparar as comunidades. Através da Sanesul fornece quatro caminhões-pipa por dia, dois para cada aldeia, que resultam em aproximadamente 32 mil litros de água tratada diariamente. 

Segundo a assessoria do Governo, “o Estado cumpriu o planejamento de perfurar dois poços na reserva para captar água potável nas aldeias Jaguapiru e Bororó, obra que recebeu investimento de aproximadamente R$ 490 mil”.

Na semana passada, 5/05, foi assinada a ordem de serviço para a ampliação e melhorias no sistema de abastecimento de água nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados (MS). 

A cerimônia ocorreu na Escola Estadual Indígena Guateka Marçal de Souza e marcou o início de uma obra que prevê a perfuração de quatro poços tubulares, instalação de quatro reservatórios, implantação de 13 km de redes e adutoras, além da reforma e construção de casas de comando. 

Também serão integrados ao sistema dois poços e dois reservatórios já existentes. Com investimento de R$ 3 milhões, a iniciativa reúne esforços do Governo Federal, DSEI-MS, Governo do Estado, emendas parlamentares, Universidade Federal da Grande Dourados, Ministério Público Federal e Funai.

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