O fato de fonoaudiólogas concursadas para jornada de 40 horas semanais atenderem somente uma vez por semana na rede pública de saúde de Miranda, cidade a 207 km de Campo Grande, é alvo de inquérito.
Para apurar o caso e responsabilizar os envolvidos, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito civil sobre o caso.
Na denúncia anônima que chegou ao órgão, o manifestante diz que no horário que deveria estar atendendo pelo SUS, a profissional estaria atendendo particular no consultório dela.
No bojo das investigações, a promotora de Justiça, Talita Zoccolaro Papa Muritiba, solicitou o comparecimento das duas servidoras para esclarecimentos. A audiência será realizada na próxima semana.
Além disso, a secretária municipal de saúde, Kellen Medeiros Venciguer, também foi intimada a depor.
Anteriormente, as duas enviaram resposta ao MPMS, afirmando que cumprem suas funções no posto de Saúde Aldo Bongiovanni em horários alternados e, devido a limitações físicas da estrutura do local, não atendem ao mesmo tempo.
Alegam ainda que tiram do próprio bolso para comprar materiais necessários para o atendimento, que não são disponibilizados pelo município.
Por fim, dizem que atendem, em média, 60 pessoas semanalmente. Porém, o município não possui atendimento específico para pacientes neurológicos. Por isso, casos mais complexos seriam encaminhados para atendimento em Aquidauana.
Agora, o caso aguarda a audiência para a promotora definir um desfecho, se arquiva ou prossegue com as apurações.
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