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Transparência

Em meio a possível proibição de PMMA, seis clínicas de estética são alvo de investigação em Campo Grande

Alguns dos estabelecimentos localizados em bairros de luxo, como Chácara Cachoeira e Carandá Bosque, foram autuados por reutilizar materiais descartáveis e manter medicamentos fora da validade
Thalya Godoy - Publicado em
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Estética
Ilustrativa (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu procedimentos preparatórios para investigar seis clínicas de estética de Campo Grande. A ação pretende verificar se as intervenções são invasivas, se o profissional possui habilitação e se há “respeito à saúde, segurança e vida dos consumidores”. 

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A medida do promotor da 43ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande, Luiz Eduardo Lemos De Almeida, consta no DOMPMS (Diário Oficial do Ministério Público de MS), desta quinta-feira (23). 

Alguns dos estabelecimentos se encontram em endereços de luxo da Capital, como os bairros Chácara Cachoeira e Carandá Bosque. Uma das clínicas de estética foi autuada por infração sanitária por reutilizar materiais descartáveis, manter produtos sem registo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo armazenamento de materiais de maneira incorreta. 

Em outro endereço, foram encontrados medicamentos fora da validade, refrigeração incorreta para itens e recipiente de materiais perfurante acima do limite da capacidade.

Discussão sobre uso de PMMA

A abertura da investigação ocorre em meio às discussões sobre o CFM (Conselho Federal de Medicina) pedir à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a proibição do uso do PMMA (Polimetilmetacrilato) como preenchedor estético. 

O uso indiscriminado da substância tem causado complicações como infecções, reações inflamatórias, necroses, insuficiência renal aguda e crônica, e até pode levar a óbitos. 

Em Campo Grande, uma mulher foi uma das vítimas da “golpista do bocão” – uma falsa biomédica – e sofreu uma forte reação ao ter injetado o PMMA na face. Ela precisou viajar até o Maranhão e gastou mais de R$ 20 mil para retirar a substância do corpo.

“Foi somente abrindo o rosto que detectaram. O cirurgião confirmou ser PMMA corporal, tenso igual borracha de escola. Agora será preciso mais duas intervenções, já que em uma vez não foi possível retirar todo o material. Muito triste descobrir isso, o pior dos materiais”, afirmou a vítima, em novembro passado.

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