Sem previsão de alta, Cezário é internado com quadro de desidratação em Campo Grande

Enquanto isso, dirigente afastado aguarda decisão de juiz sobre pedido de liberdade

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Cezário flagrado pela reportagem preso em casa e levado de caminhonete pelo Gaeco (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, 78, está internado sem previsão de alta no Hospital da Cassems, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, Cezário deixou o Presídio Militar no final da manhã para exames. No entanto, o quadro geral dele não evoluiu e a equipe médica decidiu interná-lo à noite.

No hospital, Cezário também deve passar por ressonância na perna direita, já que possui mobilidade reduzida e estaria sofrendo constantes quedas na unidade prisional.

Advogado tenta liberdade

Enquanto isso, o advogado de defesa de Cezário, Júlio César Marques, aguarda decisão do juiz sobre pedido de liberdade do mandatário.

Ao Jornal Midiamax, o advogado informou que juntou nos autos relatório de monitoramento da tornozeleira de Cezário que comprova o cumprimento das medidas cautelares impostas pela Justiça para prisão domiciliar.

Agentes do Gaeco deixam casa de Cezário com malote de objetos apreendidos (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O defensor diz que o relatório confirma que Cezário não esteve na CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, após a prisão. Este é um dos argumentos apresentados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para a prisão.

Em resposta, o Gaeco firmou seu parecer a respeito de que os argumentos utilizados para a prisão foram feitos com base em informações extraídas de matérias jornalísticas.

Com isso, o advogado reiterou ao juiz pela liberdade de Cezário.

Prisão de Cezário

Cezário foi preso no dia 28 de agosto após ser acusado pelo Gaeco de descumprir medidas judiciais.

Isso porque, conforme o Gaeco, Cezário foi flagrado realizando reuniões em sua casa, no bairro Taveirópolis, com presidentes de clubes e dirigentes esportivos.

No entanto, Cezário estava impedido pela Justiça de exercer ‘qualquer função na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul’. Por isso, novo pedido de prisão contra ele.

Com isso, o Gaeco afirma que Cezário continuava exercendo influência sobre a Federação.

Defesa diz que visitas foram para ‘prestar solidariedade’

No pedido para revogação da prisão, o defensor alega que a visita de dirigentes de clubes à residência de Cezário se deu por motivos de solidariedade após a morte da irmã.

Ao Jornal Midiamax, o advogado Júlio César Marques informou que os dirigentes de clubes flagrados pelo Gaeco na casa de Cezário estavam no local para prestar solidariedade.

Conforme as investigações, estiveram na casa de Cezário: Luiz Bosco da Silva Delgado, presidente do Corumbaense; Júlio Brant, interlocutor anunciado pelo Governo de MS para remodelar o futebol de MS; além de Giovani Jolando Marques, dirigente do Operário Athletico Clube; e Ari Silas Portugal, diretor de futebol do Comercial.

“A única irmã que ele tinha [Cezário] faleceu. Aparecido [Alves Pereira, sobrinho de Cezário], Umberto [Alves Pereira, sobrinho], Valdir [Alves Pereira, sobrinho], Luíz [Carlos de Oliveira, irmão], Francisco Carlos [Pereira, sobrinho] e Marcelo [Mitsuo Ezoe Pereira, filho de Umberto] são familiares que viviam em volta dele e, por causa da tornozeleira, não estão mais tendo contato. Ele está isolado”, pontuou.

Um ponto que o Gaeco ressaltou no pedido de prisão foi o fato da reunião ter acontecido no dia em que a FFMS realizou assembleia para aprovação de novo estatuto. “Aproveitaram o ensejo da assembleia para visitá-lo”. Ressalta ainda que a assembleia da FFMS tratou apenas de novo estatuto e não de indicação de diretoria.

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