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Transparência

Réu por desviar combustível com Claudinho Serra diz que acusação ‘joga todos no mesmo balaio’

Réu é acusado de forjar abastecimento de veículos da frota municipal de Sidrolândia
Gabriel Maymone -
Claudinho Serra comandava esquema de corrupção em Sidrolândia, segundo investigações do Gecoc (Montagem: detalhe de Claudinho Serra - reprodução - e prefeitura de Sidrolândia, Alicce Rodrigues / Jornal Midiamax)

A defesa prévia protocolada pelo advogado de Saulo Ferreira Jimenes, um dos 23 réus da Operação Tromper, diz que a acusação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) faz ‘pesca’ de provas para “jogar todos num mesmo balaio e salve-se quem puder”.

Saulo é apontado nas investigações do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) como parte do esquema de corrupção em , chefiado pelo vereador licenciado de Claudinho Serra (PSDB), genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

Assim, para o advogado Jefferson Carlos Martins, seu cliente não fazia parte do esquema de abastecimento irregular da frota de veículos do município. Confirmou que ele sabia que muitos abastecimentos eram feitos mesmo sem a prefeitura ter crédito de combustível, mas que os motoristas assinavam as notas que seriam pagas com as entradas do crédito.

Ainda, afirmou que não seria somente um frentista específico que fazia o abastecimento da frota municipal, como apontado na denúncia. A ordem para abastecer veículos oficiais seria por ‘extrema necessidade da população’, uma vez que eram abastecidos ônibus escolares e ambulâncias, por exemplo.

Vale ressaltar que na denúncia do MPMS foram extraídos trechos de mensagens trocadas entre Saulo e o ex-servidor municipal Thiago Rodrigues Alves – responsável em cobrar e levar os valores das propinas – em que o ex-servidor “envia dados (números de placas e km) de inúmeros veículos nos quais deveriam ser lançadas despesas, em princípio, forjadas/inexistentes, em total contradição com o método legal de utilização do convênio”, diz o relatório.

Justiça confirma decisões contra Claudinho e corrupção em Sidrolândia

A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve a terceira fase da Operação Tromper após julgamento na semana passada.

O relator e mais um desembargador votaram pela manutenção da operação que prendeu o vereador Claudinho Serra (PSDB) por corrupção. Assim, ‘derrubaram’ a tese defendida pela defesa do vereador afastado da Câmara de Campo Grande, que alegou incompetência da Vara de Sidrolândia em julgar o caso.

Portanto, por dois votos a um, os desembargadores reconheceram a competência do juiz de Sidrolândia em julgar o caso. Assim, serão mantidas as decisões já tomadas pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, que continua à frente do processo.

Vereador do PSDB foi preso após ser apontado como chefe de esquema de corrupção

Claudinho Serra (PSDB) é acusado de ser o mentor do suposto esquema de corrupção que desviava recursos públicos da Prefeitura de Sidrolândia na época em que foi o secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica. Vanda Camilo (PP) é sogra de Serra e prefeita do município. 

Após passar 23 dias na cadeia e sair sob monitoramento de tornozeleira eletrônica e com série de medidas cautelares a serem cumpridas, o vereador apresentou um pedido de afastamento das atividades da Câmara Municipal pelo período de 120 dias para tratar de “interesse particular”, sem remuneração. 

O vereador Claudinho Serra é genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP).

*Matéria editada às 14h13 a pedido da defesa, esclarecendo que Saulo não é proprietário do posto citado

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