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Transparência

Justiça barra tentativa de Patrola de despejar Tetê Trad com força policial

Irmã de ex-prefeito e empreiteiro travam batalha na Justiça
Gabriel Maymone -
patrola
Empreiteiro Patrola briga na Justiça para despejar Thereza Trad de imóvel no Jardim dos Estados (Montagem: Reprodução / detalhe Patrola - Arquivo, Jornal Midiamax)

Decisão liminar (provisória) do desembargador Dorival Renato Pavan suspendeu temporariamente ordem de despejo contra Maria Thereza Trad, a Tetê Trad. Ela trava briga judicial com o empreiteiro André Luiz dos Santos, o Patrola, que é proprietário do apartamento onde mora, no dos Estados.

Para garantir o despejo da irmã do ex-prefeito de , Marquinhos Trad, Patrola chegou a pedir na Justiça reforço policial.

A decisão é desta segunda-feira (17). “Isso posto, concedo o efeito suspensivo requerido, para suspender os efeitos do acórdão recorrido e, consequentemente, da decisão que concedeu o despejo, até o julgamento final do presente recurso”.

No recurso, a defesa de Tetê alega que ela mora com filhos pequenos e que um despejo de última hora a levaria a uma situação de desamparo.

Os dois travam batalha na Justiça após Patrola entrar com processo de ação de despejo por falta de pagamento dos aluguéis e IPTU. No processo, Patrola alegou que a dívida chegava a R$ 214.063,24, sendo R$ 114.372,39 referente aos aluguéis e R$ 99.690,85 sobre o IPTU.

Por outro lado, Tetê argumenta que realizou diversas benfeitorias no imóvel, que totalizam o valor de R$ 201.188,44, que deve ser abatido do total da dívida. Também afirma não ter recebido notificação extrajudicial para desocupação do imóvel.

“Considerando que o Agravo de Instrumento interposto pela requerida foi por unanimidade negado provimento, conforme comunicado de decisão de segundo grau de fls. 290/297, reitera-se com urgência o pedido de fls. 214/2015, ou seja, o deferimento de força policial para cumprimento da ordem de despejo já deferida a fls. 37, de acordo com o art. 65 da Lei do Inquilinato”, afirmou o advogado de Patrola no pedido recente, Fábio de Melo Ferraz.

O empresário – apontado como laranja de políticos – move duas ações de despejo contra membros da família do ex-prefeito Marquinhos Trad, que reforçam laços que o empreiteiro possuía com a família e esquema de laranjas exposto pelo Jornal Midiamax em junho de 2023.

No entanto, em relação ao imóvel ocupado por Mazina, as partes entraram em acordo.

Patrola é denunciado por corrupção

A primeira fase da Operação Cascalhos de Areia reuniu indícios que apontam para suposta rede de empreiteiras nas mãos de laranjas, a princípio comandadas por Patrola.

Assim, Patrola e outros empreiteiros foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por desvios em contratos de cascalhamento e locação de máquinas que ultrapassam R$ 300 milhões, segundo investigações. A maioria dos contratos foi firmada durante a gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad.

A denúncia foi feita mês passado pelo MPMS e aguarda análise do juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande. Também figuram entre os denunciados o ex-secretário de obras da Prefeitura de Campo Grande, Rudi Fioresi, empreiteiros, supostos laranjas da organização criminosa e servidores.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, no total 12 pessoas foram denunciadas por crimes como peculato, corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

André Luiz dos Santos seria o operador do esquema de ‘laranjas’ para comprar as empresas e, assim, vencer todas as licitações de cascalhamento em Campo Grande. Tratam-se de contratos difíceis de aferir a comprovação dos serviços.

Todas as empreiteiras têm contratos desde 2017 na Prefeitura de Campo Grande, ou seja, durante a gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad. Os servidores alvos da investigação também foram nomeados pelo ex-prefeito.

À reportagem do Jornal Midiamax, Marquinhos disse que “todos os contratos de responsabilidade do gestor foram feitos e aprovados pela procuradoria-geral do município e controladoria de transparência. Não fiz e não faço parte dessa relação processual”. Além disso, negou ter praticado qualquer ato ilegal: “Todos os meus atos foram proclamados pelo MP como lícitos e legais”.

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