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Transparência

Ex-presidente da FFMS e advogado, Francisco Cezário é suspenso da OAB-MS por 90 dias

Cezário foi preso em maio sob acusação de corrupção, com desvios de mais de R$ 10 milhões dos cofres da Federação de Futebol
Osvaldo Sato, Thatiana Melo -
O dirigente obteve habeas corpus e está em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

O advogado e ex-presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, teve sua carteira da OAB-MS (Ordem dos Advogados Brasil – Seccional de Mato Grosso do Sul) cassada pelo prazo de 90 dias.

O julgamento aconteceu na tarde desta sexta-feira (19) no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-MS. Assim, a votação terminou empatada em 15 a 15.

Com o empate, o presidente do órgão deu o voto de minerva, ou seja, o voto de desempate. Então, com o voto de Bitto Pereira, o pleno decidiu pela suspensão temporária de Cezário.

Operação Cartão Vermelho

O ex-dirigente da FFMS foi preso no dia 21 de maio, em ação contra desvio de dinheiro na entidade. Em 2010 a Justiça já havia condenado Cezário pelo mesmo motivo.

Na época, a pena aplicada foi de quatro anos e cinco meses, em regime semiaberto, por desviar valores na casa dos R$ 56 mil. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofereceu denúncia contra ele por supostamente transferir recursos da entidade para a conta particular.

Na atual investigação, denominada ‘Operação Cartão Vermelho‘ o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apurou que o grupo operou desvios que superaram os R$ 10 milhões dos cofres da entidade. Esses crimes teriam ocorrido no período entre setembro de 2018 a fevereiro de 2023.

Com isso a Cezário foi indiciado como líder da organização. O grupo realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar atenção dos órgãos de controle.

Ainda durante o cumprimento dos mandados o Gaeco apreendeu mais de R$ 800 mil, inclusive em notas de dólar. As equipes também apreenderam revólver e munições.

Com as investigações, o Gaeco identificou que integrantes da organização criminosa distribuíam os valores entre eles. O esquema se estendia também a outras empresas.

A princípio, a Federação repassava altos valores para essas empresas. Assim, o grupo recebia parte do dinheiro de volta ‘por fora’.

A organização criminosa também possuía um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.

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