Empresa investigada tem contrato reajustado e serviços vão a R$ 9,4 milhões em Três Lagoas
Valor a ser reajustado será de R$ 144.419,68
Karine Alencar –
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A prefeitura de Três Lagoas, distante a 326 quilômetros de Campo Grande, reajustou contrato com a Empresa GTX Construtora e Serviços LTDA, no valor de R$ 9.458.582,00. A construtora é investigada por fraudes em licitações, conforme série de notícias já publicada pelo Midiamax.
Esse é o 2º reajuste entre a empresa e a administração pública, desde que contrato foi firmado, em 2023. O acordo de trabalho de execução de obra de infraestrutura urbana inclui drenagem de águas pluviais no Bairro Vila Alegre, na etapa 05, com estação elevatória.
O valor a ser reajustado será de R$ 144.419,68. O montante equivale a aproximadamente 1,55%, sobre o valor do contrato. Assim, o valor total passa de R$ 9.314.162,32 para R$ 9.458.582,00.
Empresa investigada
Desde 2018, a GTX aparece em notícias do Jornal Midiamax. Isso, porque o sócio-proprietário é Ivan Félix de Lima, que naquela época integrava um grupo de elite de investidores da Mineworld, empresa acusada de um esquema de pirâmide a partir da mineração de criptomoedas.
Na operação deflagrada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denominada Pregão, em 2018, Ivan foi um dos alvos. O MPMS chegou a pedir a prisão do empresário, que foi negada pela Justiça;
A operação investigava supostas fraudes em licitações e teve como um dos alvos a GTX. A empresa estaria envolvida no esquema. A advogada Desiane Pires, que representa a empresa, relatou ao Midiamax que a empresa venceu o processo, sendo excluída da ação.
“A GTX não tem nenhuma condenação. Hoje a empresa participa das licitações, é regularizada devidamente no TCE, TCU com certidões regularizadas e pode participar das licitações”, afirmou a advogada.
Após a Operação Pregão, a construtora chegou a ser impedida de contratar com o poder público e teve os bens bloqueados. No entanto, em 2021 os direitos foram restabelecidos.
Apesar de não ser advogada de Ivan, Desiane afirmou que o empresário foi implicado na ação contra a Mineworld, mas que foi feito pedido de exclusão do acusado da ação. Agora é aguardada decisão judicial.
A denúncia foi feita pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em 2018 e até hoje não teve sentença. O processo já soma mais de 12.800 páginas e uma das partes já chegou a pedir a absolvição por prescrição dos crimes.
Ação contra a Mineworld
O pedido da ação é de nulidade dos contratos, reparação dos danos, condenação a R$ 5 mil por cada consumidor lesado, e R$ 25 milhões em favor do Fundo Estadual de Defesa ao Consumidor.
O caso veio à tona em abril de 2018, quando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Lucro Fácil para desarticular suposta fraude financeira.
Ainda segundo a denúncia, o esquema era feito por meio da mineração das criptomoedas chamadas de ‘bitcoins’. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede das empresas Mineworld, Bit Ofertas e Bitpago, em Campo Grande e São Paulo, além das residências dos respectivos sócios.
À época, o juiz chegou a determinar o bloqueio de R$ 300 milhões dos réus em uma ação civil, no entanto, nada foi encontrado. Conforme já noticiado em outras ocasiões, a Mineworld afirma que, no dia 29 de outubro de 2017, ao consultar sua conta Poloniex, exchange estrangeira, tomou conhecimento de fraudes.
Ou seja, hackers teriam desviado 851 bitcoins para contas de terceiros, levando ao prejuízo de US$ 16,3 milhões. A plataforma de transações financeiras teria duplicado páginas da empresa e usuários, o que levou ao desvio de aplicações e consequente bloqueio de contas.
O Midiamax acionou a prefeitura da cidade e aguarda retorno. A reportagem foi escrita com base em documentos oficiais e públicos (processo e Diários Oficiais) e está passível de atualização para acréscimo de posicionamento.
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