Conselho Ambiental de MS analisa degradação do Rio da Prata em fazenda alvo de multa milionária
Drenagem em área rural próxima ao Rio da Prata será debatida na próxima semana
Dândara Genelhú –
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O CECA (Conselho Estadual de Controle Ambiental) analisa na próxima semana o processo sobre drenagem em área rural na Fazenda São Francisco. O proprietário da fazenda já foi alvo de multa milionária por degradação próxima a nascentes do Rio da Prata, em Bonito.
Publicada no DOE (Diário Oficial do Estado), a pauta da 147ª Reunião ordinária do CECA prevê apreciação do parecer da conselheira Joanice Batillani sobre o processo da Fazenda São Francisco.
O processo está no nome de Adolpho Mellão Cecchi e trata sobre “LIO Drenagem em área rural, na Fazenda São Francisco, em Bonito/MS (acima de 10MW)”. O assunto deve ser apreciado por volta das 8h40 de 31 de outubro.
Assim, o Jornal Midiamax questionou a Semades (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) sobre a reunião, se haverá espaço para imprensa. Contudo, até a publicação desta matéria não houve retorno.
Além disso, a reportagem acionou o proprietário da fazenda por meio de e-mail devidamente documentado, para esclarecimentos sobre o assunto. Até o momento, não houve posicionamento. No entanto, destacamos que o espaço segue aberto para manifestação das partes.
Multa milionária
Em maio de 2016, a propriedade foi alvo de apuração da PMA (Polícia Militar Ambiental) de MS, que gerou multa de R$ 13 milhões. Os oficiais constataram o desmatamento de 684 hectares da vegetação de várzea e 26 quilômetros lineares de drenos.
Foram encontrados drenos que atingiram área de 993 hectares. Os canais foram “construídos para secagem do solo das várzeas para o plantio agrícola”, apontou a PMA na época.
“Para agravar a situação, os drenos são interligados a outros em uma propriedade vizinha e deságuam no rio da Prata”, disse. Análise de imagens de satélites apontaram que a maioria dos drenos foi construída a partir de 2013.
Em nota de 2016, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) apontou que “todas essas intervenções humanas foram realizadas sem autorização ambiental”.
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