Empresa de pescados com filial no Nova Lima foi alvo de operação por sonegar R$ 20 milhões

Endereço de uma das sedes da empresa fica em Campo Grande e foi alvo da ação

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Imagem ilustrativa – Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax

A empresa MF Pescados (CNPJ 31.222.861/0004-90), que tem como sócio-proprietário Marcos Weslley Rocha Frades, foi um dos alvos da Operação Salmonidae nesta sexta-feira (30). Em Campo Grande, a empresa teria sede no Nova Lima, mas conforme apontado no Google Maps, há apenas casas no endereço indicado, na Rua Assunção Borba.

Ao menos quatro integrantes da quadrilha, presos por sonegarem impostos por meio da empresa de pescados, já tinham passagens pela polícia. A Polícia Civil do Mato Grosso ainda informou que os suspeitos vendiam salmão malconservado e estragado para restaurantes em Cuiabá (MT) e Várzea Grande (MT).

Conforme o site Gazeta Digital, em coletiva à imprensa o delegado Rafael Scatolon disse que os integrantes da organização criminosa têm passagens por roubos, furtos e tráfico de drogas. A maioria deles era ‘laranja’ no esquema.

Além disso, um dos investigados já foi preso quatro vezes por furto e roubo. O empresário Marcos Weslley, sócio da MF Pescados, foi preso em Curvelândia (MT).

Salmão estragado

Conforme o delegado, em uma das diligências foi descoberto que o grupo fornecia salmão estragado para os restaurantes de comida oriental de Cuiabá e Várzea Grande. Nomes dos estabelecimentos não foram divulgados e também não há confirmação se os donos sabiam que o peixe estava impróprio para consumo humano.

“Por se tratar de uma empresa do gênero alimentício foi solicitado o apoio da vigilância sanitária e da Politec que constataram que parte da mercadoria tratava-se de salmão estragado e malconservado, esses alimentos eram repassados a maioria dos restaurantes orientais, visto que a empresa é a maior da cidade”, disse.

Operação Salmonidae

De acordo com a investigação, os suspeitos usavam empresas de fachada para comercializar e distribuir peixes e frutos-do-mar nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande e sonegar impostos. O grupo teria movimentado R$ 120 milhões em mercadorias.

Ainda foi descoberto que o Estado deixou de recolher R$ 20 milhões em impostos com a fraude. Em Campo Grande, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) cumpriu medida cautelar.

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