Planos vão ao STF contra Lei Estadual que obriga atendimento integral a autistas em MS

A Unidas ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de liminar

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
auxílios pec STF vai julgar Lei Estadual de MS
Fachada do edifício sede do Supremo Tribunal Federal (Foto: Agência Brasil)

Os planos de saúde recorreram ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a Lei Estadual 5.863/202 de Mato Grosso do Sul, que obriga atendimento integral às pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

A Unidas (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de liminar, alegando que a referida lei afronta direitos adquiridos pelas empresas.

A Lei Estadual

A Lei Estadual 5.863/2022 determina o atendimento integral às pessoas com TEA e considera abusivas limitações impostas ao tratamento, “sob pena de colocar em risco o desenvolvimento intelectual ou cognitivo do consumidor”.

Neste sentido, impede os planos de saúde de restringirem consultas e sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicoterapia, mesmo em relação aos contratos firmados antes da vigência da lei. O relator da ação é o ministro André Mendonça.

Por este motivo, a Unidas sustenta que o setor, bem como o contrato de plano privado de assistência à saúde, estão sujeitos à Lei federal 9.656/1998 e à regulamentação da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Para a entidade, a lei estadual, ao alcançar contratos anteriores à sua edição, afronta os princípios constitucionais da intangibilidade do direito adquirido e do ato jurídico perfeito e, ainda, o da isonomia, por promover a disparidade no tratamento entre planos de saúde que operam em Mato Grosso do Sul e os instalados em outros estados.

Conteúdos relacionados