A Justiça não conseguiu localizar o de Alcides Bernal, para que o mesmo seja citado no processo em que é réu por administrativa, pelo suposto prejuízo de R$ 110 milhões aos cofres públicos por meio da abertura de créditos suplementares sem aprovação da Câmara Municipal. 

Conforme despacho desta semana do juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Capital, oficiais tentaram intimidá-lo em três ocasiões, mas ele não foi encontrado nos endereços indicados em nenhuma delas. Inclusive, foi fornecido um número de celular dele, mas o mesmo não retornou os contatos.

“Considerando que até o momento não houve a citação do requerido Alcides Bernal, esclareça o requerente seu interesse no prosseguimento do feito em relação a ele, promovendo os atos que lhe cabem, haja vista que a notificação para apresentação de manifestação prévia não se confunde com o ato de citação”, diz o juiz no despacho.

Conforme ação apresentada por Fabrício Proença de Azambuja, Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha e Henrique Franco Cândia, da 30ª Promotoria de Justiça e Patrimônio Social, Bernal e o Wanderley Ben Hur da Silva, ex-secretário de Finanças, em 2013, teriam aberto R$ 110,4 milhões em créditos suplementares sem anuência do Legislativo.

Tais suplementações eram justificadas mediante anulações de acordo, transferência e transposição de recursos. Consta que os fatos vieram à tona a partir de uma manifestação da Câmara, que acionou o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) e o Tribunal de Contas, dando início a uma apuração que levou às irregularidades.