Contrato de construção de clínica do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres é reajustado

Prazo atual para conclusão de obra é fevereiro de 2023

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Centro de Reabilitação de Animais Silvestres
Arara-azul em acompanhamento no Cras. (Arquivo, Jornal Midiamax, Leonardo de França)

A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) alterou o valor do contrato para construção do prédio da clínica veterinária no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande. O extrato do termo aditivo foi publicado na edição desta terça-feira (6) do DOE (Diário Oficial Eletrônico).

O serviço, que estava custando R$ 4,9 milhões, vai para R$ 5,1 milhões. O acréscimo é de R$ 204,6 mil. A assinatura do aditivo foi em 1º de setembro, pelo secretário de Estado de Infraestrutura, Renato Marcílio da Silva, e pelo representante da empresa Escala Engenharia, Fabrício Gomes de Farias.

Ainda conforme o termo aditivo, o reajuste é para reequilíbrio econômico-financeiro, tendo em vista o aumento dos custos de aquisição de materiais e equipamentos.

Clínica no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres

Em maio de 2020, a empreiteira foi declarada vencedora da licitação para a construção da clínica do Cras, que fica dentro do Parque Estadual do Prosa. O valor original era de R$ 3,8 milhões.

O contrato foi assinado um mês depois e previa 540 dias (cerca de um ano e seis meses) para a conclusão da obra. Em julho de 2022, a Agesul prorrogou mais uma vez o prazo de execução, que passou a ser fevereiro de 2023.

O que faz o Cras?

O Cras foi criado em julho de 1987 e foi um dos primeiros criados no Brasil. O complexo faz a recepção, triagem e destina os animais silvestres apreendidos em operações de combate ao tráfico, os atropelados nas rodovias estaduais, bem como os entregues voluntariamente pela população.

Desde sua criação, milhares de animais confiscados pela fiscalização deixaram de ser soltos de forma aleatória, sem qualquer processo de triagem ou reabilitação. 

Este processo permitiu também formar no Estado uma equipe técnica habilitada em identificar os diferentes espécimes apreendidos, sua área de ocorrência natural, bem como realizar avaliações clínicas do estado sanitário de cada um destes animais recebidos, visando minimizar os riscos ligados às ações de soltura indiscriminada de animais na natureza.

O Cras já recepcionou mais de 300 espécies entre aves, répteis e mamíferos, quase 41 mil animais. Desse total, 68% são aves, 20% mamíferos e 12% répteis. O número de animais ameaçados de extinção é de 4% em relação ao total de entradas.

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