Operação da PF cumpre mandado de prisão e de buscas em MS por fraude em precatórios

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira (31) um mandado de prisão e um de busca e apreensão em Três Lagoas, a 326km de Campo Grande, na Operação Et Caterva, deflagrada contra uma organização criminosa especializada em aplicar fraudes no auxílio emergencial e em precatórios judiciais. Em Mato Grosso do Sul, havia apenas um […]

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A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira (31) um mandado de prisão e um de busca e apreensão em Três Lagoas, a 326km de Campo Grande, na Operação Et Caterva, deflagrada contra uma organização criminosa especializada em aplicar fraudes no auxílio emergencial e em precatórios judiciais. Em Mato Grosso do Sul, havia apenas um alvo.

A operação foi deflagrada em 12 estados brasileiros e contou com mais de 260 policiais federais para cumprir 12 mandados de prisão, dos quais quatro preventivas e oito temporárias, e 77 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens – todos expedidos pelo juizo da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Cuiabá, em Mato Grosso. Também foram determinadas 9 medidas de suspensão do exercício da função pública.

A investigação apurou que criminosos especializados em fraudes no auxílio emergencial teriam desviado R$ 13 milhões em precatórios e R$ 2,7 milhões em tentativas de saques.teriam desviado R$ 13 milhões em precatórios, além de R$ 2,7 milhões em tentativas de saques.

Et Caterva

Deflagrada nesta quarta-feira, a Operação Et Caterva recebeu este nome porque a expressão oriunda do latim denota pejorativamente a ideia de um grupo de comparsas e se aplicaria ao caso, um grupo de pessoas que se reuniu para cometer as fraudes.

Os crimes funcionariam da seguinte forma: a organização criminosa copiava servidores de instituições bancárias, que forneciam informações sobre precatórios que seriam sacados. A PF também apontou que um servidor do TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso) estaria envolvido.

Para proceder com os saques, os criminosos confeccionariam documentos falsos, com base nos dados fornecidos, mas com fotos dos bandidos – que retirariam os valores diretamente nos bancos. para ocultar a origem ilícita dos valores, o dinheiro sacado seria espalhado em diversas outras contas.

Porém, com a interrupção do pagamento de precatórios pela Caixa Econômica Federal em 2020, a orcrim direcionou os golpes ao pagamento de parcelas do auxílio emergencia, com saque de aproximadamente 1.570 benefícios entre abril de 2020 e março deste ano, resultando em prejuízo estimado em R$ 1,3 milhão, conforme a PF

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