Os adicionais ao salário de Rosana Leite de Melo, diretora-presidente do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) “Rosa Pedrossian”, em Campo Grande, fizeram seus vencimentos superar os do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), durante a pandemia de Covid-19.
No cargo há um ano, a médica recebia em torno de R$ 13 mil desde 2019. Desde que a doença causada pelo novo coronavírus chegou ao Estado, seu salário ganhou adicionais, como plantões, que o elevaram em até 74,95%.
Em março, ela recebeu R$ 19,1 mil líquidos. Seu salário bruto é de R$ 19 mil e naquele mês teve acréscimo de R$ 8,5 mil.
Já em junho, os adicionais de Rosana superaram o salário bruto. Ela recebeu na época R$ 33,3 mil líquidos. Isso representa 28,09% a mais que Reinaldo recebeu no mesmo mês, que foi R$ 26 mil líquidos.
Desde então, a diretora-presidente vem tendo vencimentos maiores que o governador. No mês passado, a diferença entre já foi menor: apenas R$ 10,73.
Os dados são do Portal da Transparência do Estado.
Outro lado
Em nota, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que os pagamentos estão dentro da lei e que Rosana não tem dedicação exclusiva ao hospital referência no tratamento da Covid-19.
“A carga horaria é de 36h. Os plantões são referentes aos serviços prestados nos finais de semana na organização do hospital e também referentes a cirurgias de cabeça e pescoço, atendimentos ambulatoriais e pareceres”, diz o texto.