Campo Grande perdeu R$ 30 milhões em abril e até fim do ano queda pode chegar a R$ 150 milhões

Explicando a situação financeira de Campo Grande, para apresentar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, afirmou nesta segunda-feira (4) que o município arrecadou R$ 30 milhões a menos em abril deste ano, comparado com o mesmo mês de 2019. Até o fim do ano, a expecativa […]

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Explicando a situação financeira de Campo Grande, para apresentar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, afirmou nesta segunda-feira (4) que o município arrecadou R$ 30 milhões a menos em abril deste ano, comparado com o mesmo mês de 2019. Até o fim do ano, a expecativa é queda de R$ 150 milhões.

O cenário é reflexo da pandemia de coronavírus (Covid-19). “No caso concreto, eu acho que estamos vivendo a pior crise vivida na economia capitalista desde 1929, não tem paralelo. Quando pegamos projeções, o clima é de completa perplexidade, muitas vezes, temos de ter humildade em dizer que não sabemos o que vai acontecer”.

Segundo o secretário, apesar de março ter sido o mês no qual se iniciaram medidas de isolamento, o pior quadro foi em abril. Fontes de maiores arrecadações, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) vencem, respectivamente, em 10 e 15 de todo mês, portanto, dias que antecederam as restrições e fechamento de comércio e outros estabelecimentos.

“Recebemos cheio em março, só depois que a arrecadação diária começou a cair”. O município estima queda de 80% a 90% nas entradas de recursos diárias. “Recebíamos cerca de R$ 2 milhões por mês, agora R$ 200 mil a R$ 300 mil. Certamente teremos R$ 150 milhões de queda na nossa arrecadação, esperada para o ano de 2020”.

Pedrossian Neto reforçou, no entanto, que as medidas de restrição, mesmo que tenham atingido a economia do Executivo municipal, foi o que fez com a situação, hoje, ‘seja mais confortável’ em relação ao número de casos confirmados.

Avanço

O secretário afirma que, excluindo a questão atual, Campo Grande teve avanço, com construção de projetos que visavam crescimento. “Infelizmente, fomos abatidos, uma turbulência inesperada por qualquer gestor. Tirando a singularidade deste momento, tivemos três anos exitosos”.

Citou a saída da Capitl de ‘grande estresse financeiro, com parcelamento de salários’. “Temos ainda dificuldades, mas a despeito disso, conseguimos realizar uma série de investimentos”. Reviva Centro e pavimentação de vias, são alguns deles, afirma.

Lei de Diretrizes Orçamentárias

A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de Campo Grande, para 2021, prevê receita de R$ 4.333.259.490,79, o que representa aumento de 0,70% em relação a 2020. A LDO precede a LOA (Lei Orçamentária Anual), mas já serve de instrumento para nortear os gastos, investimentos e receitas para o ano seguinte. Os parlamentares estão no prazo para entrega de emendas – sugestões de aplicação da verba, como obras, projetos, entre outros.

Confira a explicação do secretário clicando aqui.

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