Município avalia repassar à iniciativa privada gestão de terminais e criação de ‘shoppings’
A Prefeitura de Campo Grande avalia repassar para a iniciativa privada a gestão dos nove terminais de ônibus da cidade. Chamado de PPP (Parceria Público-Privada), o projeto está em fase de avaliações e propostas de interessados. “Estamos fazendo os estudos”, afirmou o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transporte), Janine de Lima Bruno. […]
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A Prefeitura de Campo Grande avalia repassar para a iniciativa privada a gestão dos nove terminais de ônibus da cidade. Chamado de PPP (Parceria Público-Privada), o projeto está em fase de avaliações e propostas de interessados.
“Estamos fazendo os estudos”, afirmou o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transporte), Janine de Lima Bruno. Em contrapartida à administração, está prevista a adaptação dos locais em espécie de shoppings, com estabelecimentos que gerem renda ao parceiro privado.
Os detalhes, no entanto, ainda não foram definidos. Mas o diretor citou como exemplo a Rodoviária do Tietê, em São Paulo, que é administrado pela iniciativa privada e contém uma série de lojas, numa espécie de shopping. O antigo terminal rodoviário da Capital, na região central, funcionava anexo a um grande centro comercial, embora a parte dos ônibus continuasse sendo gerida pelo município.
Para o município, o lado positivo de uma PPP, defende o diretor, é melhorar a gestão dos terminais. “Funciona com mais agilidade, por exemplo, substituição de peças, segurança melhor”, citou. A parceria não traria custos para o município, que hoje gere os terminais. Somente após os estudos de viabilidade é que o Executivo municipal terá os moldes da PPP. Em junho, o secretário de Governo, que preside o Comitê de Gestor de Parceria Público-Privada, Antônio Lacerda, disse que a estimativa é que a concessão seja de 25 anos.
Mesmo com esta medida, os terminais vão passar por reforma bancada e orçada pelo município em R$ 5,4 milhões, de acordo com Janine. “Eles precisam de manutenção e reforma para deixá-los em condição para população, independentemente da parceria”. O diretor afirma que não há prazo para que a ideia saia do papel.
Precários
Hoje, a situação nos terminais de Campo Grande não é das melhores. Durante o desafio do Jornal Midiamax que acompanhou vereadores para andar de ônibus por um dia, a reportagem verificou locais pichados, banheiros sujos e, em alguns casos, até sem porta.
A licitação para reforma tem custo previsto em R$ 5,4 milhões. No fim de junho, a Prefeitura informou que os projetos e a definição das planilhas de custo foram concluídas e que planeja abrir a licitação nos próximos dias. As obras vão contemplar a reforma de sete terminais de transbordo e o Ponto de Integração Hércules Maymone, onde passam 230 mil usuários todos os dias.
Em Campo Grande, os terminais são o Guaicurus, Moreninhas, Aero Rancho, Morenão, Bandeirantes, Júlio de Castilho, General Osório, Nova Bahia, além do Hérculos Maymone.
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