Justiça Federal de MS quer ouvir Battisti por tentar fugir com dólares e euros pela Bolívia

A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul tenta encontrar um meio para ouvir o ex-ativista italiano Cesare Battisti, extraditado em janeiro deste ano, em processo em que é acusado de ter cometido crime contra o sistema financeiro nacional. Ele tentou deixar o Brasil em 2017 com cerca de 6 mil dólares e 1.300 euros […]

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A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul tenta encontrar um meio para ouvir o ex-ativista italiano Cesare Battisti, extraditado em janeiro deste ano, em processo em que é acusado de ter cometido crime contra o sistema financeiro nacional. Ele tentou deixar o Brasil em 2017 com cerca de 6 mil dólares e 1.300 euros não declarados.

Em despacho no Diário Oficial do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) desta quinta-feira (7) da ação penal movida contra o italiano, a Justiça manteve as oitivas de duas testemunhas de São Paulo e de Corumbá, comunicando que ‘oportunamente será verificado o meio mais célere para realização do interrogatório de Cesare Batisti’.

Batistti foi condenado à prisão perpétua na Itália acusado de cometer quatro assassinatos nos anos 1970. Ele nega os crimes e se diz vítima de perseguição política. O italiano chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois. O governo italiano solicitou a extradição de Cesare Battisti, aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal). No último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, contudo, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o italiano poderia ficar no Brasil e o ato foi confirmado pelo Supremo.

Seis meses depois, Battisti foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011. Ele voltou a ser preso em outubro de 2017 na cidade de Corumbá, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) tentando fugir do país com mais de 1,3 mil euros e 6 mil dólares. 

Dias depois, o italiano conseguiu um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 3ª região. Na decisão, o desembargador José Lunardelli disse que não havia elemento mínimo que indique a prática do crime de lavagem de capitais. Além disso, o magistrado também relatou que Battisti era imigrante com visto de permanência definitiva no Brasil.

No entanto, a justiça italiana voltou a pedir a extradição de Battisti, acatada pelo presidente Michel Temer em dezembro de 2018, quando assinou o decreto pedindo a saída do mesmo do país. Battisti foi encontrado em 12 de janeiro em Santa Cruz de La Sierra e levado para a Itália no dia seguinte.

 

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A publicação foi feita no Diário Oficial da ASSOMASUL (Foto: Divulgação)
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