Dispensado do Detran- (Departamento Estadual de Trânsito), o ex-corregedor de trânsito, Fernando Villa de Paula, após ser filmado dizendo que denúncia do Jornal Midiamax sobre irregularidades no departamento eram para “fod**” as empresas, ganhou cargo de confiança no Centro Integrado de Operações de Segurança em Mato Grosso do Sul.

No DOE (Diário Oficial do Estado) desta quinta-feira (4), o ex-corregedor foi designado para exercer a função de Confiança de Diretor de Operações, Símbolo CGA-2, no (Centro Integrado de Operações de Segurança). A publicação é desde 1º de julho. Como Fernando é delegado, sua remuneração é de R$ 32,8 mil.

Para assumir o atual cargo, ele teve acréscimo de 25% sobre o salário. De acordo com o Portal da Transparência, isso significa R$ 8.286,39 a mais nos ganhos.

Fernando Villa já estava em cargo de confiança, mas como diretor administrativo e agora assume a direção de operações. As mudanças foram assinadas pelo secretário da (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira.

Entenda o caso

A dispensa dele no Detran foi no dia 1º de abril deste ano. Fernando foi filmado sem saber, em agosto do ano passado, dizendo que as ilegalidades cometidas pelo Departamento podem ser tratadas como ‘montagens para foder as empresas’.

Fernando era o chefe da Corregedoria de trânsito do e se referiu aos vídeos de vistorias totalmente irregulares flagradas em empresas credenciadas pelo órgão. Uma das atribuições do cargo é justamente receber e investigar denúncias.

Um denunciante gravou sobre falhas no sistema de inspeção veicular em MS, o servidor público não esconde a irritação por causa dos sucessivos casos flagrados e denunciados. 

No vídeo, Fernando Villa falava alto, gesticulava, usava termos agressivos e chegou, em determinado momento, a dizer ao cidadão que tenta ajudar: ‘não tem problema nenhum em te colocar em cana’.

Depois do vídeo vir à tona, em agosto de 2018, a Polícia Civil e Sejusp divulgaram nota dizendo que investigariam o caso e o Detran o afastou do cargo oito meses depois do caso. Ele foi substituído pela delegado Maria Lourdes Cano.