Policial Civil suspeito de integrar esquema de corrupção é afastado pelo Governo de MS
Investigado por suspeita de integrar esquema de fraude em licitações, o policial Ademir Almada de Goes Junior, alvo da Operação Pregão, foi afastado compulsoriamente de suas funções. A Corregedoria da Polícia Civil ainda determinou o recolhimento de sua arma, carteira funcional, além da proibição de acesso aos bancos de dados da instituição. A medida, assinada […]
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Investigado por suspeita de integrar esquema de fraude em licitações, o policial Ademir Almada de Goes Junior, alvo da Operação Pregão, foi afastado compulsoriamente de suas funções. A Corregedoria da Polícia Civil ainda determinou o recolhimento de sua arma, carteira funcional, além da proibição de acesso aos bancos de dados da instituição.
A medida, assinada pela delegada Rosely Aparecida Molina, foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (21) e valerá enquanto vigore as cautelares do juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados, onde tramitam as ações que apuram fraudes na prefeitura de Dourados, distante 225 km de Campo Grande.
Ademir é investigador de polícia, lotado no Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) de Campo Grande e está detido na 3ª Delegacia de Polícia da Capital. Ele é apontado como proprietário de empresa de refrigeração contratada via dispensa de licitação pela prefeitura para prestar serviços de consultoria jurídica.
O agente de segurança também teve a esposa, Maria Madalena Godoe Almada presa no dia 14 de março, quando a 3ª fase da Operação foi deflagrada pelo MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Em fevereiro, Ademir recebeu salário líquido de R$8,592,30, conforme consta no Portal da Transparência do Governo do Estado.
O MP-MS garante que os crimes teriam sido praticados durante a atual gestão municipal, sob o comando da prefeita Délia Razuk (PR). Além do policial e da esposa, forma presos orge Rodrigues de Castro e Anilton Garcia de Lima – tesoureiro e ex-chefe de licitações da prefeitura, respectivamente.
Operação Pregão
A primeira fase foi deflagrada em outubro do ano passado, tendo por objetivo esclarecer a atuação de uma suposta organização criminosa composta por agentes públicos, políticos e empresários, visando à prática de diversos crimes, incluindo fraude em licitação, dispensa indevida de licitação, falsificação de documentos e advocacia administrativa, além do crime contra a ordem financeira e incidência na conduta da Lei Anticorrupção.
Fases anteriores
Nas demais fases da Operação Pregão, outros membros da administração municipal, inclusive a ex-secretária de Educação e vereadora, Denize Portolann, correligionária de Délia. Denize foi afastada do cargo, por determinação da Justiça e, inclusive, acabou multada depois de tentar retomar o mandato, mesmo presa.
Ela é alvo de processo de cassação na Câmara Municipal e pode acabar perdendo o mandado para a suplente, vereadora em exercício Lia Nogueira (PR). Alvo da primeira fase da operação, ao lado de Fava Neto, Denize está detida no presídio feminino de Rio Brilhante desde outubro.
Na segunda fase, os alvos foram o ex-contador da prefeitura, Rosenildo França, e sua esposa, Andreia Carla Elbing. A denúncia aponta que os investigados teriam enriquecido ilicitamente por meio do recebimento de alguns ‘mimos’, como Jeep Renegade e até cirurgia plástica, conforme a denúncia ofertada pelos promotores Ricardo Rotunno e Etéocles Brito Mendonça Dias Junior.
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