Além de contratos, MPMS apura se há fantasma na Santa Casa

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu procedimento para investigar denúncia recebida sobre a existência de funcionário fantasma na Santa Casa de Campo Grande, entidade que recebe por ano R$ 294 milhões em recursos públicos para realizar atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde). Ainda em caráter preparatório, o procedimento se refere […]

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O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu procedimento para investigar denúncia recebida sobre a existência de funcionário fantasma na Santa Casa de Campo Grande, entidade que recebe por ano R$ 294 milhões em recursos públicos para realizar atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde).

Ainda em caráter preparatório, o procedimento se refere ao servidor Yama Albuquerque Higa, que é enfermeiro e também chefe da Coordenadoria de Urgência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), desde 2017.

De acordo com a denúncia, feita anonimamente, Yama já acumula duas funções há alguns anos, já que é servidor público da prefeitura. Porém, nesse período, o enfermeiro cumpria normalmente sua cargo horária nos dois empregos.

Contudo, após ter sido nomeado coordenador, cargo que exige dedicação integral, Yama teria continuado como contratado da Santa Casa, em regime CLT, e não teria ido mais cumprir trabalho, aponta a denúncia anônima. O hospital nega irregularidade, já que ele teria sido cedido exercer o cargo.

O caso será investigado pela 49ª Promotoria de Justiça, de titularidade de Gevair Ferreira Lima Junior, que apura também em procedimento preparatório, mas em sigilo, seis contratos entre fornecedores e a Santa Casa.

O autor da denúncia referente aos contratos foi Irapuã dos Santos, conselheiro da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), gestora do hospital. Ele e outros estão em grupo que faz oposição a atual diretoria, encabeçada por Esacheu Nascimento.

Cedido pela Santa Casa

A reportagem tentou contato com Yama mas não obteve êxito até o fechamento do texto. Já em nota enviada à reportagem, a Santa Casa afirma que existe convênio entre o hospital e o Poder Público que possibilita a cedência de funcionários, com e sem ônus, entre as duas partes.

“A Santa Casa tem médicos cedidos pela Sesau para funções específicas”, frisa a nota, acrescentando que Yama foi solicitado pelo gabinete da Sesau para função de liderança, sendo assim cedido.

 

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