A licitação que poderia dar até R$ 3,9 milhões para uma empresa concluir a construção do terminal intermodal de cargas de Campo Grande, o chamado Porto Seco, restou fracassada segundo divulgado pela Prefeitura nesta sexta-feira (22).
O certame poderia dar andamento à obra, empacada há mais de seis anos. Nesta quinta-feira (21), empresas interessadas apresentaram propostas à Prefeitura, porém nenhuma venceu a licitação.
A licitação contou com investimentos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), por meio de um convênio assinado pela Prefeitura ainda em fevereiro do ano passado.
Segundo o edital da licitação, a empresa que vencer o certame terá um ano para concluir as obras. O Porto Seco da capital irá ter um a infraestrutura para estacionamento de até 290 caminhões e 2,4 quilômetros de ramal ferroviário.
O terminal intermodal ocupa uma área de 611mil m² no Anel Rodoviário de Campo Grande, entre as saídas para Sidrolândia e São Paulo. A expectativa é que, quando estiver pronto, o Porto Seco movimento 2,2 milhões de toneladas de cargas por ano.
Desde 2012, a operacionalização do Porto Seco é de responsabilidade do consórcio Park X, que venceu licitação para gerir o terminal por 30 anos. Depois de três anos funcionando, a empresa deve pagar R$ 80 mil por mês à Prefeitura, em regime de concessão.
Obras empacadas
A concepção do projeto teve início em 2006. Até o momento, 95% das obras com recursos do DNIT já foram entregues, segundo informações do edital da Prefeitura.
Ao fim de 2008, as obras foram suspensas por determinação do TCU (Tribunal de Contas da União), por problemas de execução. Dez meses depois, a obra foi retomada, voltando a ser suspensa quando a empreiteira responsável entrou em recuperação judicial.
O empreendimento já recebeu R$ 23,2 milhões desde seu início de investimentos federais do Ministério do Transporte. O novo convênio tem R$ 3,3 milhões de recursos da União, além da contrapartida da Prefeitura.