Justiça devolve helicóptero de piloto envolvido na execução de Gegê do Mangue
A 3ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul desbloqueou um dos helicópteros listados como de Felipe Ramos Morais, piloto suspeito de envolvimento na morte de chefes de quadrilhas de tráfico de drogas Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca. A aeronave, que custa cerca […]
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A 3ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul desbloqueou um dos helicópteros listados como de Felipe Ramos Morais, piloto suspeito de envolvimento na morte de chefes de quadrilhas de tráfico de drogas Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.
A aeronave, que custa cerca de R$ 10 milhões, estava em uma empresa de aluguel de helicópteros do piloto, que foi preso neste ano. Uma empresa de arrendamento mercantil provou à Justiça que Felipe era apenas um dos sublocatários e que a aeronave, por não ter sido paga na íntegra, pertencia à empresa.
Felipe era piloto do helicóptero usado na operação em que os chefes do tráfico foram assassinados. Na época, ele informou, por meio de seu advogado, que foi contratado por Wagner Ferreira da Silva, conhecido como Cabelo Duro, também da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) e executado a tiros na frente de um hotel em São Paulo dias depois.
O piloto afirmou que deveria levar passageiros do Ceará para São Paulo, mas foi obrigado a pousar pouco depois da decolagem. Felipe negou ter simulado uma pane na aeronave e disse que viu as execuções na reserva indígena de Aquiraz, a 30 quilômetros de Fortaleza.
Investigação
Segundo a investigação, o helicóptero saiu de São Paulo com sete ocupantes, incluindo Cabelo Duro. Depois de ser usado em uma emboscada no Ceará, pousou em uma área de mata no Rio Grande do Norte, onde os assassinos tentaram destruir provas do duplo homicídio.
A principal suspeita para o crime é que os assassinos são integrantes da própria facção e teriam agido a mando de Marcola. A motivação seria vingança.
Em dezembro, um ex-chefe da quadrilha, Edílson Nogueira, conhecido por Birosca, foi assassinado dentro da cadeia. A ordem teria partido de Gegê do Mangue, sem a permissão de Marcola.
Um bilhete encontrado em um presídio no interior de São Paulo sugere que Gegê e Paca foram mortos pelo próprio PCC porque teriam desviado dinheiro da facção. A mensagem citava Cabelo Duro.
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