A ex-funcionária pública do que em 2014 foi flagrada tentando conseguir propina de R$ 150 mil do Hospital de Câncer Alfredo Abrão foi condenada pela . O judiciário concordou com parte da denúncia do MPF (Ministério Público Federal) e condenou a ex-consultora técnica Roberlayne Patrícia Alves a cinco anos de prisão.

O caso, que teve grande repercussão no Estado, foi registrado em 2014. Na época, ela tentava obter lucro para liberar convênio entre o Ministério da Saúde e o hospital, parceria avaliada em R$ 4,6 milhões.

O então presidente do hospital, Carlos Coimbra, denunciou a situação à Polícia Federal, que passou a monitorar a funcionária pública. Ela chegou a ser filmada enquanto recebia R$ 100 mil em suposta propina em cheques, mas acabou presa por agentes da PF quando deixava sala do hospital, em junho de 2014.

Diante do crime, ela foi denunciada pelos procuradores por corrupção passiva e . Respondendo o processo em liberdade desde agosto de 2014, ela foi julgada pela Justiça Federal.

O judiciário a condenou a cinco anos de prisão pelos dois crimes, mas absolveu o namorado de Roberlayne, que também é apontado pelo MPF como autor dos crimes. Por isso, os procuradores apresentarão recurso no TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). A ex-consultora do Ministério da Saúde poderá recorrer à condenação em liberdade.

O caso

Roberlayne trabalhava há três anos no Ministério da Saúde e é suspeita de ter pedido ao presidente do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, Carlos Coimbra propina no valor de R$ 150 mil. A mulher pretendia negociar os recursos federais que o presidente solicitou em Brasília.

Coimbra explicou que seria liberado R$ 1 milhão para a compra de equipamentos e Roberlayne cobrou propina de R$ 50 mil para liberar. Já com relação ao recurso para um acelerador linear, no valor de R$ 3.6 milhões, ela pediu R$ 100 mil.

A ex-funcionária foi detida pela Polícia Federal quando veio à Capital, para “buscar” parte da propina. Foi marcada uma reunião entre o diretor do Hospiral e ela, em uma das salas da unidade. A Polícia Federal ficou em outra sala monitorando. Carlos Coimbra emitiu quatro cheques no valor de R$ 10 mil e três no valor de 20 mil. Quando a mulher pegou o cheque, foi caracterizado o flagrante.

Ao ser presa, a mulher negou a participação de outras pessoas no esquema, porém o ex-namorado e o ex-sogro da funcionária são investigados. A quantia depositada por Coimbra caiu na conta do ex-sogro dela.